A França está liderando na ONU a proposta de criação um grupo de países que substituirá os fóruns existentes no órgão sobre segurança cibernética, e que serão extintos em 2021. A proposta ganhou força e adesões esta semana: durante o Tallin Winter School of Cyber Diplomacy, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores da Estônia, representantes de 47 países disseram apoiar a proposta, incluindo os 27 membros da União Europeia. Os Estados Unidos não opinaram.
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O novo grupo da ONU, se aprovado, realizaria conferências regularmente e consideraria a possibilidade de criar novas normas delineando que tipo de operações cibernéticas estatais são aceitáveis, disse no evento Henri Verdier, embaixador da França para assuntos digitais.
O grupo da ONU discutiria as respostas a ataques cibernéticos patrocinados por governos, envolvendo empresas nas discussões sobre como desenvolver tecnologia segura. Sérias operações cibernéticas patrocinadas por estados poderiam implicar a expulsão de diplomatas ou justificar a imposição de sanções econômicas, disse Johanna Weaver, conselheira especial do embaixador da Austrália para assuntos cibernéticos.
O evento de dois dias (9 e 10 de fevereiro) se concentrou na estabilidade cibernética e nas medidas de acompanhamento, abordando as melhores práticas de implementação de normas cibernéticas, aplicabilidade do direito internacional no ciberespaço e aumento da resiliência na área de segurança cibernética. O programa contou com palestras e painéis de discussão por ciber-diplomatas atuais e antigos, bem como por especialistas de think tanks, universidades e instituições líderes.
Com agências internacionais