Criminosos do mundo inteiro estão aproveitando a onda de contaminação da variante Omicron do Covid-19 para usá-la como tema em campanhas: o laboratório de inteligência de ameaças da Fortinet, o FortiGuard Labs, detectou o aparecimento de um arquivo chamado “Omicron Stats.exe”, resultado de uma variante do malware Redline Stealer. O arquivo contém um malware que rouba informações dos dispositivos das vítimas.
De acordo com informações compiladas pelos pesquisadores, essa variante do RedLine Stealer já tentou fazer vítimas em 12 países, incluindo alguns da América Latina e Caribe, podendo chegar a qualquer momento ao Brasil. Isso indica que esse é um ataque generalizado e que a ameaça não tem como alvo organizações ou indivíduos específicos – é um ataque generalizado.
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O arquivo “Omicron Stats.exe” está sendo distribuído por e-mail e é destinado principalmente aos milhões de usuários do sistema operacional Windows no mundo. Ele é enviado embutido em um documento projetado para a vítima abri-lo e gera o download automático do malware.
O RedLine Stealer procura e tenta roubar os seguintes dados armazenados do navegador:
• Dados de login
• Dados da web
• Detalhes do agente do usuário do navegador
• Cookies
• Pedidos de preenchimento automático
• Informações pessoais e cartões de crédito
O malware também tenta coletar as seguintes informações do sistema:
• Processadores
• Placas gráficas
• Memória RAM
• Programas instalados
• Processos em execução
• Idiomas instalados
• Nome de usuário
• Número de série do equipamento
Arquivo de configuração da variante RedLine Stealer
Os primeiros informes do RedLine Stealer são de março de 2020 e rapidamente se tornou um dos ladrões de informações mais difundidos vendidos em mercados digitais clandestinos. As informações coletadas pelo RedLine Stealer são vendidas no mercado da dark web por apenas US$ 10 por conjunto de credenciais de usuário. O malware surgiu assim que o mundo começou a lidar com um número crescente de pacientes com covid, levando seus desenvolvedores a usar o medo e a incerteza como isca.
Embora não seja projetado para ter um efeito catastrófico na máquina comprometida, as informações roubadas podem ser usadas para ações maliciosas pelo próprio cibercriminoso ou vendidas a outros criminosos para atividades futuras. Os usuários devem estar atentos e cautelosos com esse tipo de e-mail.
O FortiGuard Labs forneceu para sua base a assinatura IPS “RedLine.Stealer.Botnet” para detectar a comunicação do RedLine Stealer com servidores de comando e controle (C2) e evitar a exfiltração de informações e dados críticos.
Com informações da assessoria de imprensa