Mitos da carreira elevam carência de profissionais em cibersegurança

Da Redação
28/09/2020

O setor de segurança cibernética tem 2,8 milhões de profissionais qualificados espalhados pelo mundo, mas as últimas pesquisas indicam que há uma escassez global de 4,07 milhões. O “Estudo de Percepção de Segurança Cibernética 2020”, publicado pelo ISC2 na última quinta-feira, revela que os obstáculos para atrair esses trabalhadores podem estar inclusive duplicados. Feito com entrevistas de 2.500 pessoas nos EUA e Reino Unido, nenhuma delas trabalhando no setor, o estudo alerta para o fato de que muita gente sequer considerou a carreira antes.

Apesar disso, as atitudes em relação às funções de segurança cibernética são atualmente muito positivas, embora a maioria das pessoas ainda não veja o campo como uma carreira adequada para si. Dos entrevistados, 71% disseram considerar os profissionais de segurança cibernética inteligentes e tecnicamente qualificados, enquanto 51% também os descreveram como “os mocinhos que lutam contra o crime cibernético”.Um total de 69% dos entrevistados responderam que a segurança cibernética parece uma boa.

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77% dos entrevistados disseram que a segurança cibernética nunca foi oferecida como parte de seu currículo educacional em nenhum momento, o que dificulta para a maioria das pessoas o entendimento de quais funções existem e como entrar na carreira. O segundo fator que pode estar limitando o interesse é a crença generalizada de que as funções exigiriam o desenvolvimento de habilidades muito avançadas, que exigiriam tempo e recursos para serem alcançadas.

Outras descobertas do estudo:

  • Realizado durante um período de desemprego recorde em meio à pandemia COVID-19, o estudo constatou que a estabilidade no emprego é agora a característica mais valorizada em uma carreira (61% dos entrevistados), seguida por aquelas que oferecem um “ambiente de trabalho flexível” (57%) e por “potencial de ganho” (56%).
  • As percepções sobre o setor e sobre os profissionais que trabalham nele são formadas principalmente por meio de programas de TV e filmes (37% dos entrevistados) ou pela cobertura jornalística de incidentes de segurança (31%).
  • 61% dos entrevistados disseram acreditar que precisariam voltar para a escola (26%), obter uma certificação (22%) ou aprender novas habilidades (13%) para seguirem uma carreira em segurança cibernética. 32% dos entrevistados disseram acreditar que seria necessário muito conhecimento técnico ou treinamento.
  • A Geração Z (Zoomers) foi o grupo demográfico com menor probabilidade de valorizar os profissionais de segurança cibernética. Apenas 58% os consideram inteligentes e tecnicamente qualificados, em oposição a 78% dos baby boomers. E apenas 34% dos Zoomers os consideram os “mocinhos que lutam contra o crime cibernético”, em oposição a 60% dos Boomers.

Com agências internacionais

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