Um total de 68% dos gestores de RH não removem anúncios das plataformas de emprego, mantendo assim “empregos fantasmas”: a tendência é especialmente visível no domínio da cibersegurança, na qual 45,7% das vagas não existem — ao menos no Reino Unido —, segundo estudo feito pela Clarify Capital.
Mais da metade dos recrutadores mantém os anúncios ativos simplesmente porque estão “sempre abertos para se conectar com novos talentos”. A relação entre vagas abertas e contratações na indústria da informação era de dois para um, ou seja, havia mais de duas ofertas por emprego efetivo.
“Os empregos fantasmas não são uma referência ao sobrenatural, mas uma prática de recrutamento inescrupulosa que desperdiça tempo e esforço dos candidatos a emprego”, diz Andrew Fennell, diretor da StandOut CV, que oferece orientações sobre currículos e uma plataforma que permite a qualquer pessoa criar um currículo profissional.
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No blog da empresa, Fennell destaca que é uma prática comum das empresas anunciarem um emprego que nunca existiu ou não está mais ativo. “Elas podem criar anúncios de emprego para formar um grupo de candidatos para futuras contratações ou manter alguns candidatos por perto, caso a nova contratação não dê certo. Algumas empresas deixarão um anúncio de emprego antigo ativo por semanas após preenchê-lo pelos mesmos motivos”, explica.
Segundo ele, os empregos fantasmas podem economizar o tempo das equipes de contratação, pois com isso mantêm um banco de dados de pessoas a quem recorrer. “Mas, infelizmente, isso pode significar que os candidatos a emprego estão desperdiçando horas valiosas adaptando seu currículo para um emprego que eles não têm nenhuma chance de conseguir.” Com informações do In_Cyber.