A Europol, principal agência de fiscalização da lei da União Europeia, publicou na manhã seu principal relatório sobre o cibercrime na internet, e que contêm uma análise sobre as ações de criminosos na dark web. O relatório “Avaliação da Ameaça do Crime Organizado pela Internet” contém dados coletados justamente durante a quarentena dp covid-19. Segundo ele, o ano passado foi um período de transição para os mercados da dark web, já que os centros ilícitos de comércio eletrônico foram forçados a se adaptar, após a derrubada de grandes operações em 2019.
“Os ciclos de vida dos sites de comércio (ou mercados) foram encurtados e nenhum mercado dominante surgiu desde o ano passado”, diz o relatório. “Os mercados ainda representam uma ‘ameaça crescente’, como fonte de software malicioso orientado para o crime, drogas e outros bens, diz o relatório.
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Após a queda do Deep Dot Web em 2019 – um site que ajudava os usuários a navegar nos mercados online de drogas ilegais – os usuários da dark web começaram a criar outros centros de informações, incluindo dark.fail e darknetlive.com, afirma a Europol. Dread, um fórum que existe há cerca de três anos, também continua a funcionar.
“Ciclos de vida curtos estão tornando difícil para os policiais investigarem casos criminais”, diz o relatório.
As compras também estão ficando mais difíceis de rastrear. Alguns mercados não têm carteira ou usuários: eles recebem sua parte por meio de uma comissão mensal ou algum outro meio e, em troca, permitem transações diretamente entre fornecedores e compradores.
A evolução da própria tecnologia de criptomoeda também está permitindo que os criminosos fiquem à frente das autoridades policiais. Os serviços de carteira oferecem mais privacidade do que nunca, e os mercados da dark web expandiram os tipos de moedas que aceitam.
Com agências internacionais