
O mercado de soluções de backup e de recuperação de dados vai alcançar US$ 26,23 bilhões em 2025. É isso o que diz um estudo da consultoria Grand View Research publicado este ano, indicando um crescimento anual do mercado que chega a 36,5 por cento ao ano. Durante os próximos seis anos, os números são todos positivos para as empresas do setor. Uma outra pesquisa, patrocinada pela Dell EMC, mostra que 20 horas de um sistema parado custam em torno de US$ 500 mil e que a perda de 2 Terabytes numa empresa representa um prejuízo de um milhão de dólares.
Todos querem um ‘restore’ simples
Por essas e muitas outras razões empresas do mundo inteiro estão investindo em sistemas de backup. Na verdade conforme diz Rodrigo Aliaga, Diretor de Canais da empresa Veeam, especializada exatamente em proteção de dados, todas compram de olho não exatamente no backup, mas na restauração dos dados. Mais do que isso, comenta, os clientes – inclusive os brasileiros – estão também utilizando as soluções da empresa para atender requisitos de compliance e de legislação.
Com mais de US$ 1 bilhão em faturamento anual e conquistando perto de 4.000 novos clientes a cada mês em suas operações globais, a empresa já implantou soluções em 2 mil clientes no Brasil, entre os quais Unimed Ribeirão Preto, Termomecânica, FEI, RNP, SuperVia, Megamed, SMC Pneumáticos e Usina Ferrari.
As soluções, diz Elder Jascolka, Country Manager da empresa, têm atendido mesmo os clientes com muito material legado e gravado, por exemplo, em diferentes mídias magnéticas. “Como sabemos que na maior parte dos casos esse legado é mais importante para compliance do que para uso, recomendamos que o cliente licencie o mínimo possível para atender aquele material e que daí em diante utilize a ferramenta nova. Porque ‘traduzir’ aquilo para uma solução atual pode não ser econômico”, observa.
Para piorar, o que a maioria dos departamentos de TI faz é simplesmente o backup mas nunca um teste daquilo que foi copiado e muito menos um teste da restauração, diz o CEO da Veeam. “A grande mudança é que evoluímos de um simples ‘restore’ para uma situação de disponibilidade dos dados’, acrescenta.
A unanimidade entre os especialistas de TI é que backup é o item número um da proteção de dados. No entanto o aparecimento e a progressiva utilização das plataformas de computação em nuvem trouxe novos desafios para a proteção. Mesmo para esse cenário a Veeam conseguiu desenvolver soluções para atender clientes inclusive em ambientes multicloud. Segundo Aliaga, as empresas têm procurado as soluções inclusive para atender as exigências da LGPD, que estará totalmente em vigor a partir de Agosto do ano que vem. Segundo ele, a solução resolve vários problemas colocados pela lei.
Em 12 anos de operação da empresa, diz Rodrigo, aquilo que era apenas backup evoluiu muito “porque na verdade o backup tinha apenas a função de transportar o dado para o storage e nada mais. A solução oferece hoje inclusive ambiente para que o cliente faça testes de recuperação de desastres”, diz Rick Vanover, Diretor de Estratégia de Produtos.
A empresa poderia ter seguido muitos rumos durante seu desenvolvimento Mas preferiu manter-se exclusivamente em backup, diz o VP de Latam Vitaly Sukhovsky, por uma única razão: “Porque backup é a pedra fundamental sobre a qual você pode reconstruir tudo o que é relacionado a dados”.