Apesar de estarem cada vez mais adotando o conceito BYOD (bring your own device), que permite que funcionários usem seus próprios dispositivos no local de trabalho, as empresas não estão tomando as medidas correspondentes para proteger os dados corporativos.
De acordo com o “Relatório BYOD”, da Bitglass 2020, embora 69% dos profissionais de TI tenham dito que os funcionários podem usar dispositivos pessoais para desempenhar suas funções, as empresas não possuem segurança suficiente para se protegerem contra o crescente uso de dispositivos inseguros para acessar seus sistemas.
Uma proporção significativa de organizações disse permitir o BYOD para contratados (26%), parceiros (21%), consumidores (18%) e fornecedores (16%). É uma tendência que provavelmente continuará à medida que mais empresas adotarem para o trabalho remoto como consequência da pandemia de covid-19.
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Entretanto, o levantamento constatou que mais da metade (51%) das organizações não tem visibilidade dos aplicativos de compartilhamento de arquivos; 30% não têm visibilidade ou controle sobre as ferramentas de mensagens corporativas móveis e apenas 9% possuem soluções anti-malware baseadas em nuvem.
Para agravar o problema, a fim de proteger adequadamente os BYODs, 69% dos profissionais disseram precisar de acesso físico ao dispositivo, enquanto 51% precisam do pino do dispositivo, o que apresenta dificuldades.
As maiores preocupações com a segurança de BYOD descritas pelos entrevistados foram vazamento de dados (69%), usuários fazendo download de aplicativos ou conteúdo inseguro (57%), dispositivos perdidos ou roubados (55%), acesso não autorizado a dados e sistemas (55%) e infecções por malware (52%).
“As duas principais razões pelas quais as empresas hesitam em permitir que o BYOD seja adotado são em relação à segurança da empresa e a privacidade dos funcionários. No entanto, a realidade é que o ambiente de trabalho atual exige a flexibilidade e o acesso remoto que o uso de dispositivos pessoais permite. Para remediar esse impasse, as empresas precisam de plataformas abrangentes de segurança na nuvem, projetadas para proteger qualquer interação entre usuários, dispositivos, aplicativos ou destinos da web”, diz Anurag Kahol, CTO da Bitglass.