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Maioria dos líderes de TI não confia na ciberseguraça de sua empresa

Da Redação
02/03/2021

Cerca de três em cada quatro líderes seniores de TI e segurança de TI avaliam que suas organizações não têm proteção suficiente contra ataques cibernéticos, apesar do aumento dos investimentos em segurança feitos no ano passado em razão da migração para o trabalho remoto, revela pesquisa da IDG Research Services encomendada pela Insight Enterprises, integradora global de soluções de tecnologia.

O nível elevado de preocupação com a capacidade de resistir a ameaças cibernéticas no complexo ambiente de TI atual está fazendo com que 91% das organizações aumentem seus orçamentos de segurança cibernética neste ano, quase igualando aos 96% que aumentaram os gastos com segurança de TI em 2020, de acordo com a pesquisa da Insight’s Cloud + Data Center Transformation.

A pesquisa examinou o impacto na segurança de TI com a migração em massa das empresas para o trabalho remoto em decorrência da pandemia do novo coronavírus, incluindo mudanças nas prioridades de modernização, projetos realizados em 2020 e os principais obstáculos enfrentados no fortalecimento da segurança cibernética. Foram entrevistados mais de 200 C-Levels e executivos de segurança de TI em organizações com uma média de 21.300 funcionários, de uma ampla variedade de setores.

A pesquisa descobriu que 78% dos executivos não confia na segurança de TI da empresa e acreditam que melhorias são necessárias. Os entrevistados expressaram a menor confiança nas diretrizes de segurança de sua organização (32%), nas tecnologias e ferramentas relacionadas à segurança (30%) e equipes internas e conjunto de habilidades (27%). Apesar disso, muitos declararam ter um elevado nível de confiança na estratégia de gerenciamento de dados de sua empresa, embora isso tenha sido expressado por menos da metade deles (45%) em relação às operações de segurança.

Segurança alinhada ao negócio

Entre outras descobertas importantes, o estudo revela que a segurança cibernética está sendo integrada a vários aspectos do negócio, indicando um reconhecimento crescente do risco que um ataque cibernético representa para as operações da empresa. Cem por cento dos entrevistados relataram que seus conselhos e equipes executivas estão mais focados na postura de segurança de sua organização do que no passado. Além disso, 68% iniciaram projetos para integrar a resposta a incidentes em planos de continuidade de negócios em toda a empresa, 61% estão integrando a segurança cibernética às decisões de infraestrutura e DevOps e 59% estão incorporando a segurança de TI em decisões de operações de negócios mais amplas para melhor combater as ameaças cibernéticas.

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As empresas mudaram as prioridades de modernização da segurança cibernética em 2020 em resposta aos desafios imediatos apresentados pela pandemia, acelerando em média de cinco a seis iniciativas para proteger o ambiente de TI cada vez mais distribuído e conectar com segurança a força de trabalho remota com os dados necessários para manter os negócios funcionando. A maioria das empresas desenvolveu vários projetos em áreas como visibilidade/identificação de ameaças (73%), resposta a incidentes (70%), segurança de rede (68%), segurança de endpoint (67%), segurança de aplicativos (67%), proteção contra malware (64%) e gerenciamento de identidade e acesso (55%).

Os projetos de segurança mais complexos e de longo alcance ficaram em segundo plano para bloquear e atacar atividades, como atualizações de antimalware/antivírus, autenticação multifator e implantações de firewall como serviço (FWaaS). Como resultado, poucas organizações iniciaram ou executaram projetos em áreas críticas como governança de identidade, zero trust, análise de dados, IA/aprendizado de máquina e implementações SASE (acesso seguro de borda de rede).

O desafio da automação

A pesquisa também documentou os principais desafios que as organizações enfrentam para fortalecer sua postura de segurança. Cinquenta e cinco por cento classificam a falta de automação como o desafio número 1 em operações e gerenciamento de segurança, refletindo sua incapacidade de analisar manualmente e responder à enxurrada de notificações e eventos gerados pela infraestrutura de segurança cada vez mais complexa atualmente. O problema é agravado por fatores que incluem os conjuntos de ferramentas díspares envolvidos, tecnologia desatualizada sem APIs para dar suporte à automação e o tempo e conjuntos de habilidades avançadas necessários para implementar processos automatizados.

Apenas 27% dos entrevistados expandiram a equipe de segurança em 2020 — ligeiramente abaixo dos 30% em 2019 — deixando as equipes de TI extremamente fracas e sem muitos dos especialistas necessários para executar a ampla gama de tarefas exigidas pelo cenário de ameaças em evolução do ano; 41% planejam iniciar ou retomar a expansão do quadro de funcionários este ano.

Apenas 57% realizaram uma avaliação de risco de segurança de dados em 2020, apesar da necessidade de reavaliar sua postura de segurança em face de novas ameaças associadas à pandemia. Mão de obra e recursos limitados, pois as equipes de TI trataram das medidas de segurança de emergência, provavelmente impediram essa etapa crítica no alinhamento das prioridades de segurança com as condições atuais. 

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