O grupo hacker russo Killnet reapareceu após meses de inatividade, apresentando-se com nova identidade e objetivos distintos dos anteriores. Recentemente, o grupo afirmou ter comprometido o sistema de rastreamento de drones da Ucrânia, ajudando forças russas a destruir estações de radar. A alegação foi amplamente divulgada pela mídia russa, mas permanece sem confirmação independente.
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O retorno ocorreu durante o Dia da Vitória na Rússia, data comumente usada em ações de propaganda. Analistas da Flashpoint indicam que não está claro se o ressurgimento está ligado a uma operação específica contra a Ucrânia ou se representa uma retomada mais ampla das atividades do grupo.
Especialistas da TRM Labs sugerem que o Killnet agora opera como um serviço de cibercrime contratado, priorizando reputação e lucros em vez de ideologia. O grupo teria sido adquirido por um coletivo antidrogas chamado Deanon Club, após seu fundador, KillMilk, ter sido desmascarado por veículos russos, gerando conflitos internos e uma perda de capacidade operacional.
Com nova liderança e foco comercial, o Killnet passou a oferecer serviços de hacking sob encomenda e a expor traficantes da darknet, afastando-se da agenda original pró-Kremlin. Isso levou ao surgimento de dissidências como KillNet 2.0 e Just Evil, com objetivos mais alinhados ao hacktivismo político.
Apesar da fragmentação e da descentralização do grupo, a marca Killnet continua a ser utilizada por diferentes facções. A relação entre essas ramificações e suas motivações permanece incerta, mas, segundo especialistas, o grupo não desapareceu — apenas se reorganizou.