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NortonLifeLock é condenada nos EUA por violação de patentes

A Justiça dos Estados Unidos condenou a NortonLifeLock, conhecida anteriormente como Symantec, por uma violação de patentes da Universidade de Columbia de combate a malware. Os gestores da universidade processaram a Norton em dezembro de 2013 alegando que a empresa infringiu seis patentes desenvolvidas pelo Laboratório de Sistemas de Detecção de Intrusão relacionadas a sistemas de detecção de intrusão na versão 6.0 de um recurso do produto chamado Sonar/Bash.

Lançado no final de 2009 e incorporado a todos os produtos Norton até hoje, o recurso “usa árvores de decisão que são modelos de chamadas de função criadas pela modelagem de execuções de programas”, segundo documentos judiciais.

Na segunda-feira, 2 um júri do Tribunal Federal da Virgínia considerou que a Norton infringiu duas patentes da Columbia e, portanto, deverá pagar à instituição educacional sediada em Nova York ao menos US$ 185,1 milhões em royalties pelo lucro obtido com a venda de produto de seu portfólio que incorpora a patente. O valor do ressarcimento poderia chegar US$ 555 milhões porque o júri considerou que as patentes foram violadas deliberadamente por Norton. Mas o juiz não acatou o pedido.

Do valor total estipulado pelo magistrado, US$ 94 milhões foram em royalties pelas vendas da Norton de um produto produzido e distribuído nos EUA e vendido para clientes de fora do país, enquanto US$ 91,1 milhões referem-se a royalties pelas vendas da Norton para clientes sediados nos EUA.

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A Columbia argumentou que dois de seus professores, que trabalhavam no Laboratório de Sistemas de Detecção de Intrusão da universidade, deveriam ser listados como os únicos inventores da patente relacionada à tecnologia de isca para vírus, que foi utilizada pela Norton. O júri considerou ainda que os dois professores devem ser listados como co-inventores da patente.

No processo contra a Norton, a Columbia disse que compartilhou pesquisas sobre a tecnologia de isca com a empresa quando a dupla uniu forças para trabalhar em licitações para subsídios do governo. A Norton, sediada em Tempe, no Arizona, disse que discorda da decisão do júri e planejava entrar com recurso.O funcionário responsável  pelos registros de propriedade intelectual da Universidade de Columbia, Orin Herskowitz, disse em comunicado que a instituição estava feliz que o tribunal reconheceu a violação de seus direitos a “inovações revolucionárias de segurança de computadores”.