Alguns sites relacionados ao governo da Itália foram atacados ontem por hackers identificados como sendo russos. Entre os sites atacados estão os do Senado, do Instituto Superior de Saúde e do Ministério da Defesa. O grupo seria o pró-russo “Killnet”. Não teria havido danos à infraestrutura, mas apenas problemas de acesso às páginas da web. Há alguns dias, o mesmo grupo atacou vários sites romenos e, no Reino Unido, ameaçou parar os ventiladores de oxigênio nos hospitais britânicos. Esta última ação foi anunciada após a prisão de um dos supostos líderes do grupo, ocorrido pelas autoridades britânicas. O ataque cibernético na Romênia foi motivado desta forma: porque “o estado romeno apoia a Ucrânia” na guerra com a Rússia.
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Os ataques na Itália teriam ocorrido com DDoS (Denial of Service), por meio de muitos computadores “zumbis”, controlados remotamente por hackers, que simultaneamente teriam tentado invadir os sites visados. A filosofia do ataque é basicamente esta: esgotar os recursos de um sistema computacional, fazendo com que o servidor não tenha mais condições de prestar o serviço aos clientes solicitantes. Para simplificar, é como se um grande grupo de pessoas ficasse na frente da porta de uma loja, impedindo (de fato) que entrassem ou saíssem da loja. Este tipo de ataque não causa danos às infraestruturas, mas apenas desserviços. Fontes qualificadas confirmam que, no momento, nenhuma das estruturas visadas foi comprometida.
Em nota, o Ministério da Defesa declarou que “com referência à notícia que circulou sobre a impossibilidade de acesso ao site www.difesa.it, o Estado-Maior da Defesa especifica que se deve a atividades de manutenção que estão planejadas há algum tempo e em andamento no site”. A presidente do Senado, Maria Elisabetta Alberti Casellati,fez um post no Twitter dizendo que “Nenhum dano do ataque hacker que envolveu a rede externa do Senad. Obrigado aos técnicos pela intervenção imediata. São episódios graves, que não devem ser subestimados. Continuaremos atentos”.