Entre as principais análises do painel Inovação e Segurança em Bancos Digitais e Meios de Pagamento, realizado no it-sa Brasil, Marco Ribas, diretor da consultoria EY para Inovação Digital e Fintech (startups voltadas ao sistema financeiro), prevê que, em 10 anos, 60% do mercado bancário estará nas mãos de novos players digitais. “O banco como o conhecemos corresponderá a 40% do mercado. Ou seja, o share vai ser do digital. E desse total, de 30% a 40% vai pertencer às fintechs”.
Para ele, as empresas devem apostar em três ou quatro estratégias para alcançar a digitalização ideal. E, entre as alternativas, está justamente investir nas tecnologias que irão “matar os bancos”. “O grupo que costumo chamar de GAFA – Google, Apple, Facebook e Amazon, é 100 vezes mais eficiente do que os bancos”. Para se igualar a elas, é preciso lançar mão de ações como incubadoras, o corporate venture capital e criação de novos serviços.
Reinaldo Pintoni, da Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, acredita que entre as principais tendências, estão a computação cognitiva e o machine learning, além da ampliação do uso da biometria, como a biometria comportamental – como o usuário usa o mouse do computador, ou como interage com a tela do celular. “Também existe uma tendência em se abandonar o uso de softwares de segurança para acesso bancário, melhorando a usabilidade”.
Norberto Reberte de Marque, superintendente de arquitetura do Banco Original, explicou que a equipe do banco definiu como a empresa pretendia se lançar, logo de início, desafiando o modelo estabelecido no mercado brasileiro. “Hoje, o canal mobile de acesso ao Original é 20 vezes mais acessado em relação ao internet banking convencional. O maior desafio é criar uma interface segura com usabilidade elevada. Para isso, deve haver um investimento em arquitetura de infraestrutura, planejamento, segurança”.