O anúncio foi feito pelo ministro das telecomunicações, afirmando que desta vez o ataque teve “o objetivo de espionar a inteligência do governo”

O governo do Irã anunciou ontem, domingo, que neutralizou um nov ataque cibernético feito contra o País, o segundo em menos de uma semana. O anúncio foi feito pelo ministro das telecomunicações, afirmando que desta vez o ataque teve “o objetivo de espionar a inteligência do governo”. O ministro, Mohammad Javad Azari Jahromi, disse em um breve post no Twitter que o ataque foi “identificado e desativado por uma barreira de segurança cibernética” e que os “servidores de espionagem foram identificados e os hackers também foram rastreados”. O post não deu outros detalhes.
Na última quarta-feira, o próprio Jahromi havia declarado à agência de notícias oficial IRNA que um ciberataque “maciço” e de origem “governamental” também havia sido lançado contra o Irã, tendo como alvo a infraestrutura eletrônica. Ele não forneceu detalhes sobre o suposto ataque, exceto para dizer que também foi desativado e que um relatório seria divulgado.
Na terça-feira, o ministro havia negado relatos de operações de hackers direcionadas a bancos iranianos, incluindo os da mídia local, de que contas de milhões de clientes de bancos iranianos haviam sido invadidas. Esta não é a primeira vez que um funcionário do governo do Irã afirma que houve neutralização de um ataque cibernético – emborao País tenha desconectado grande parte de sua infraestrutura da Internet depois que o vírus Stuxnet, amplamente considerado uma criação conjunta entre EUA e Israel, interrompeu milhares de centrífugas de instalações nucleares no ano de 2010.
Em junho, funcionários do governo dos EUA afirmaram que as forças cibernéticas militares dos EUA haviam lançado um ataque contra os sistemas de computadores militares iranianos, já que o presidente Donald Trump havia desistido dos planos de fazer um ataque militar convencional, em resposta à derrubada, pelo Irã, de um drone de vigilância dos EUA no Golfo Pérsico.
As tensões entre os EUA e o Irã aumentaram desde que no ano passado o presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015 com Teerã, e iniciou uma política de “pressão máxima”. O Irã foi atingido por várias rodadas de sanções.
Com agências internacionais