Interpol se une a coalizão de combate ao stalkerware e à violência doméstica

Da Redação
26/04/2021

A Interpol anunciou que vai se juntar à Coalition Against Stalkerware e ajudar a avançar os esforços do grupo, educando a comunidade global dos órgãos de polícia sobre como investigar proativamente o uso de stalkerware, bem como fornecer suporte às vítimas.

A aliança foi estabelecida pela primeira vez em novembro de 2019 para tentar combater o uso de stalkerware, uma prática em que as vítimas são monitoradas por meio de um aplicativo que rastreia todas as suas atividades no celular ou no computador e repassa as informações ao stalker, que pode ser o próprio parceiro ou um parente ou abusador para assédio, abuso, espionagem ou violência.

A coalizão que contava inicialmente com 10 membros, incluindo a Kaspersky, Norton, a Rede Nacional para Acabar com a Violência Doméstica, já conta com 35 participantes. Os membros são de várias organizações diferentes em todo o mundo, desde fornecedores a organizações não governamentais e universidades.

A Coalition Against Stalkerware realiza uma série de iniciativas para combater esse problema crescente, incluindo o fornecimento de suporte a sobreviventes de violência doméstica, fechando aplicativos de vigilância maliciosos e aumentando a conscientização pública sobre os problemas.

O envolvimento da Interpol na coalizão surgiu em meio a um aumento de casos de violência doméstica e incidentes de abuso de tecnologia no ano passado durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid -19. Uma pesquisa recente da Kaspersky descobriu, por exemplo, que quase 54 mil usuários móveis foram afetados globalmente por stalkerware em 2020.

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A organização internacional de polícia vai promoverá sessões de treinamento desenvolvidas pela coalizão para seus 194 países membros. O objetivo é equipar melhor as forças policiais nacionais para investigar o stalkerware, apoiar as vítimas que necessitam de assistência e levar os perpetradores à Justiça.

“A Interpol está empenhada em apoiar a Coalition Against Stalkerware em sua luta contra o abuso, perseguição e assédio por meio do uso de stalkerware. Para esse fim, continuaremos a aumentar a conscientização da comunidade global de aplicação da lei sobre a violência praticada por parceiros íntimos, vigilância indesejada e abuso”, disse Craig Jones, diretor de crimes cibernéticos da Interpol.

Tara Hairston, representante oficial da Coalition Against Stalkerware e chefe de relações públicas para a América do Norte da Kaspersky exaltou todos os principais parceiros se unirem na lutar contra essa tática generalizada de abuso. “Dado que órgãos da lei devem ser capaz de identificar e responder às ameaças representadas por stalkerware, é ótimo ver que a Interpol disposta a trabalhar com sua comunidade global em torno desse tema.” Com agências de notícias internacionais.

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