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Interpol pede união contra risco de pandemia de ransomware

O secretário-geral da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), Jürgen Stock, exortou as agências policiais e a indústria a trabalharem juntos para prevenir o que parece ser, na visão dele, uma futura pandemia de ransomware.

Stock acrescentou que a melhor tática para interromper um fluxo aparentemente interminável de ataques de ransomware é adotar a mesma estratégia de colaboração internacional usada na luta contra o crime organizado e o terrorismo.

“Apesar da gravidade de seus crimes, as gangues de ransomware estão continuamente adaptando suas táticas, operando sem fronteiras e quase impunemente”, disse ele, durante o Interpol High-Level Forum on Ransomware, evento online realizado na segunda-feira, 12.

Segundo Stock, o ransomware é muito parecido com a pandemia de covid-19 que está evoluindo para diferentes variantes. A única diferença que é o ransomware proporcionando altos lucros financeiros aos criminosos. “O ransomware se tornou uma ameaça muito grande para qualquer entidade ou setor resolver sozinho; a magnitude desse desafio exige urgentemente uma ação global unida que a Interpol pode facilitar de forma única como um parceiro global neutro e confiável.”

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De fato, as operações internacionais anteriores coordenadas pela Interpol mostram que a união da polícia de todo o mundo no combate ao crime pode levar a resultados notáveis. Mais de 20 mil prisões foram feitas e mais de US$ 150 milhões em recursos ilícitos foram interceptados em dezembro de 2020 como parte da Operação Primeira Luz em uma repressão global que durou um ano visando acabar com fraudes por telefone e online.

A Interpol também coordenou a derrubada de milhares de organizações criminosas online que se faziam passar por farmácias legítimas e promovendo a venda de drogas e remédios falsos e ilícitos perigosos. Além disso, segundo Stock, a Operação HAECHI-I, também apoiada pela Interpol, levou à interceptação de US$ 83 milhões pertencentes a vítimas de crimes financeiros on-line desviados para as contas bancárias de fraudadores como parte de uma investigação que durou seis meses.

Três membros de um grupo de comprometimento de e-mail comercial (BEC), que afetou cerca de 50 mil organizações, também foram presos em novembro do ano passado após a Operação Falcon, como parte de outra investigação liderada pela Interpol, contou Stock.