O Fórum Econômico Mundial (WEF) deste ano capitaneou uma iniciativa para combater ameaças cibernéticas e mapear o cenário do cibercrime, abrangendo operações, estruturas e redes criminosas. Trata-se do Atlas do Cibercrime, concebido pela comunidade PAC (parceria contra o cibercrime) do fórum, lançada durante a reunião realizada em Davos em janeiro, com o apoio da Fortinet, Banco Santander, Microsoft e PayPal.
O Atlas do Cibercrime tem como propósito fornecer à indústria, órgãos da lei e as agências governamentais uma visibilidade para interromper os cibercriminosos em seu ecossistema, bem como rastrear e ajudar a derrubar cibercriminosos e sua infraestrutura em torno o mundo.
“Interromper as organizações cibercriminosas globais requer um esforço global com relacionamentos fortes e confiáveis e colaboração entre organizações e setores públicos e privados. Faz parte da missão da Fortinet proteger pessoas, dispositivos e dados em todos os lugares, e a Fortinet se orgulha de ser um dos membros fundadores do Centro de Segurança do Fórum Econômico Mundial e um colaborador ativo na PAC. Estamos entusiasmados em continuar nosso trabalho com líderes dos setores público e privado para ajudar a tornar nosso mundo digital um lugar mais seguro”, disse Derek Manky, estrategista-chefe de segurança e vice-presidente de inteligência global contra ameaças do FortiGuard Labs.
“O Atlas do Cibercrime é uma iniciativa de pesquisa colaborativa que reúne e compara informações sobre o ecossistema cibercriminoso e os principais agentes de ameaças que operam hoje. Os insights gerados ajudarão a promover oportunidades para uma maior cooperação entre o setor privado e a aplicação da lei para lidar com o cibercrime”, disse Jeremy Jurgens, diretor geral do Fórum Econômico Mundial.
Cadeia de disrupção
O Atlas do Cibercrime inclui mais de 40 membros dos setores público e privado para construir uma base de conhecimento global para permitir a mitigação e interrupção do cibercrime. Com base na experiência da PAC, a iniciativa fornecerá uma plataforma para os principais investigadores de crimes cibernéticos, agências nacionais e internacionais de aplicação da lei e empresas globais para compartilhar conhecimento, gerar recomendações sobre políticas e identificar oportunidades de ação coordenada para combater ameaças cibernéticas.
Segundo o WEF, o Atlas do Cibercrime visa construir uma visão ampla do cenário do cibercrime que abrange operações criminosas, infraestrutura compartilhada e redes. “Os links entre as informações coletadas sobre os operadores de ameaças ajudarão o setor de segurança a interromper com mais eficácia o ecossistema cibercriminoso, alocar recursos com mais eficiência na luta contra eles e dificultar seus esforços ilegais tornando-os mais custosos”, diz comunicado da entidade.
“Dada a natureza global das ameaças cibernéticas, cada vez mais a colaboração público-privada é a melhor maneira de combater o cibercrime. As organizações devem olhar além de seu perímetro e combinar esforços e recursos com empresas, aplicação da lei e governo”, disse Dirk Marzluf, diretor de operações e tecnologia do Banco Santander.
“Os cibercriminosos trabalham nas sombras para explorar vulnerabilidades e infligir ataques. O Atlas do Cibercrime fornece um fórum eficaz que reúne os setores público e privado para compartilhar e colocar dados em uso para interromper o cibercrime rapidamente e em escala”, declarou Brad Smith, vice-chairman e presidente da Microsoft.
Desde o segundo semestre do ano passado, o Atlas do Cibercrime se beneficiou de um ano de análise de 13 grupos criminosos por analistas especializados e investigadores de crimes cibernéticos, usando apenas informações disponíveis publicamente. A análise lançará luz sobre os artefatos cibercriminosos para ajudar a indústria, órgãos de aplicação da lei e as agências governamentais a criarem uma cadeia de disrupção.
Veja isso
Aliança internacional orientará conselhos em cibersegurança
Aliança global de cibersegurança tem forte adesão
A abordagem e as descobertas iniciais do grupo foram bem recebidas pelas agências de aplicação da lei. Segundo elas, a descoberta desses artifícios não tradicionais ajudará na captura e no processo bem-sucedido de membros de gangues de crimes cibernéticos.
“Esta iniciativa destaca a necessidade de uma abordagem multissetorial aprimorada para combater a crescente ameaça do cibercrime. Uma solução global deve incluir insights do setor privado para permitir que a aplicação da lei previna, detecte, investigue e interrompa o cibercrime”, declarou Jürgen Stock, secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
O FortiGuard Labs disse estar comprometido com a parceria e a cooperação global com os órgãos de aplicação, organizações governamentais e do setor de ciberxegurança. Além do trabalho com o Centro de Cibersegurança e sendo um colaborador da PAC, a Fortinet enfatiza que também investe recursos significativos em outras parcerias globais, incluindo o MITRE Engenuity Center for Threat Informed Defense (CTID). Ela também é membro de longa data da ONU Industry Cyber Partnership (NICP), além de contribuir ativamente e é membro da Interpol Gateway e membro fundador da Cyber Threat Alliance (CTA).