A Direção Nacional de Migrações, órgão do Ministério do Interior da Argentina que controla a entrada e saída de pessoas do país, sofreu na semana passada um ataque do ransomware Netwalker que travou suas operações a partir de das 7h da quinta-feira, 3. Segundo o jornal Clarín, os operadores do ransomware estão pedindo US$ 76 milhões em bitcoins para entregar a chave de decodificação dos sistemas.
Embora o governo tenha comunicado que as operações da Direção Nacional de Migrações estavam restabelecidas, na verdade elas foram sendo retomadas lentamente, dificultando o atendimento ao público devido às falhas no sistema. O governo garantiu que não houve roubo de dados. Num comunicado publicado em sua conta no Twitter na tarde de quinta-feira, a Direção Nacional de Migrações informou que conseguiu “conter uma tentativa de ciberataque à organização, que provocou a queda dos serviços, que estão sendo gradualmente restaurados”.
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Em queixa apresentada à Justiça por conta do ataque, o Ministério do Interior indica que foi encontrada uma publicação na dark web na qual existe uma “ameaça específica de divulgação na web de documentos ou pastas compartilhadas de usuários e funcionários da Direção Nacional de Migrações”.
O sistema atingido pelo ciberataque, segundo o jornal La Nación, foi o Sistema Integral de Captura Migratória, que atua nas viagens internacionais, o que causou atrasos na entrada e saída de migrantes da Argentina.
A queixa apresentada à Justiça indica que por volta das 7h de quinta-feira a área de suporte da Direção Nacional de Migrações começou a receber pedidos de auxílio e informando que havia vírus no sistema. A seguir a rede foi bloqueada. O órgão admite na queixa que a vulnerabilidade afetou a confidencialidade das informações.
Com agências internacionais