A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias revelou na sexta-feira, 14, que foi alvo de um ataque cibernético em março deste ano que levou ao roubo de dados de fiéis, funcionários, parceiros contratados e amigos. Conhecida como Igreja Mórmon, a congregação disse ter detectado atividade não autorizada em 23 de março em certos sistemas de computador que impactaram os dados pessoais de várias pessoas.
Sem revelar o volume de dados extraído, a igreja disse apenas que as informações pessoais envolvidas na violação estavam relacionados àqueles que tinham contas online registradas ou tinham suas informações pessoais armazenadas pela organização porque eram empregados.
Isso incluiu nomes de usuário, números de registro de associação, nomes completos, sexo, endereços de e-mail, datas de nascimento, endereços de correspondência, números de telefone e idioma preferido. Os dados afetados não incluíam o histórico de doações ou qualquer informação bancária associada a doações online, garantiu a igreja.
“Nós imediatamente notificamos as autoridades federais de aplicação da lei nos Estados Unidos e fomos solicitados a manter o incidente confidencial para proteger a integridade das investigações”, justificou a igreja pela demora na divulgação. “Esta instrução foi levantada em 12 de outubro e notificamos todas as pessoas afetadas.”
No comunicado à imprensa, a igreja crescentou que as autoridades federais dos EUA suspeitam que a intrusão fazia parte de um padrão de ataques cibernéticos patrocinados por um Estado-não, direcionados a organizações e governos em todo o mundo que não têm a intenção de causar danos às pessoas.
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Desde que a violação foi descoberta, a igreja disse estar trabalhando com autoridades federais dos EUA e especialistas em segurança cibernética para estabelecer a origem, natureza e escopo desse incidente e mitigar possíveis ramificações.
A igreja acrescentou que as autoridades policiais acreditam que o risco de as informações roubadas serem usadas para prejudicar as pessoas é baixo. Os esforços de monitoramento das autoridades também não identificaram nenhuma tentativa de uso prejudicial. “Proteger as informações confidenciais de nossos membros, funcionários, contratados e amigos é fundamental”, acrescentou a igreja. “Continuamos a fazer todo o possível para garantir que essas informações sejam protegidas.”
Ela aconselha ainda aqueles que foram afetados a permanecerem vigilantes sobre a segurança de seus dados pessoais, monitorando contas pessoais, alterando senhas com frequência, selecionando senhas fortes e diferentes para cada conta e tomando medidas em qualquer atividade suspeita. Com agências de notícias internacionais.