IBM anuncia computador quântico 50X mais rápido

Da Redação
19/11/2024

A IBM revelou, durante a primeira edição da Quantum Developer Conference, uma série de inovações em hardware e software quânticos que prometem revolucionar o setor: a empresa anunciou que seus computadores quânticos alcançaram novos patamares de escala, velocidade e precisão, permitindo a execução de algoritmos complexos em áreas como química, física e ciências biológicas. Entre as novidades anunciadas está o processador Heron, considerado o mais avançado da companhia, capaz de operar circuitos quânticos com até 5.000 portas de dois qubits, dobrando a capacidade demonstrada anteriormente.

Leia também
O mais poderoso de todos os computadores
Blip levanta US$ 60 milhões em rodada C

Esses avanços são parte do roteiro estratégico da IBM para a utilidade quântica, que visa consolidar a chamada “vantagem quântica”. O processador Heron, aliado ao software Qiskit, demonstrou um desempenho surpreendente, reduzindo o tempo de execução de experimentos de 112 horas para apenas 2,2 horas — 50 vezes mais rápido do que testes anteriores. Essas melhorias marcam um passo significativo rumo a sistemas de computação híbrida, combinando capacidades quânticas e clássicas, com uma visão ambiciosa de alcançar sistemas corrigidos de erros até 2029.

A evolução do Qiskit, agora reconhecido como o software de desenvolvimento quântico mais confiável e eficiente do mercado, foi destacada pela IBM. Com ferramentas como o Qiskit Code Assistant e o Qiskit Transpiler Service, desenvolvedores podem criar algoritmos mais sofisticados e estáveis, potencializando as possibilidades de pesquisa científica e aplicações práticas. Parceiros como a Algorithmiq e a Qedma também contribuíram com soluções que mitiguem os desafios do ruído quântico, aumentando a viabilidade de circuitos maiores e mais complexos.

Além dos avanços técnicos, a IBM reforçou sua colaboração com instituições renomadas como a Cleveland Clinic e o RIKEN Center, que estão explorando a aplicação prática da computação quântica em áreas como biomedicina e modelagem de estruturas químicas. Na Cleveland Clinic, por exemplo, a tecnologia está sendo usada para simular interações moleculares cruciais para o desenvolvimento de novos medicamentos, enquanto no Japão, o RIKEN busca integrar supercomputadores tradicionais com sistemas quânticos em um modelo híbrido inovador.

O futuro da computação de alto desempenho parece cada vez mais dependente da integração entre arquiteturas quânticas e clássicas. Com parcerias estratégicas e um avanço consistente em hardware e software, a IBM está posicionada como líder nesse movimento, abrindo novas possibilidades em pesquisa científica e aplicações práticas. A convergência de QPUs, CPUs e GPUs promete resolver problemas considerados intransponíveis, solidificando a transição para uma era de supercomputação centrada em quantum.

Compartilhar: