IA maliciosa lidera em riscos corporativos

Da Redação
05/11/2024

A mais recente pesquisa da consultoria Gartner aponta que ataques maliciosos com uso de inteligência artificial (IA) são o maior risco emergente para empresas no terceiro trimestre de 2024, mantendo essa posição pelo terceiro trimestre seguido. A pesquisa envolveu 286 executivos de risco empresarial, que identificaram a crescente complexidade regulatória e a dependência de fornecedores de tecnologia como novos fatores de preocupação para o setor corporativo.

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Segundo Zachary Ginsburg, Diretor Sênior de Pesquisa da Gartner, a volatilidade política e as incertezas em torno de regulamentações, especialmente em um cenário pré-eleitoral nos Estados Unidos, intensificam os riscos empresariais. Além disso, decisões da Suprema Corte dos EUA sobre a autoridade das agências federais para regular aumentam a incerteza, enquanto eventos como a interrupção de serviços pela CrowdStrike em julho expuseram a vulnerabilidade das empresas que dependem fortemente de grandes fornecedores de TI.

Entre os cinco riscos emergentes mais citados, dois são relacionados à tecnologia e dois refletem preocupações com o ambiente regulatório e político. O risco de alinhamento de talentos organizacionais, que ocupava uma posição importante no trimestre anterior, caiu para o quinto lugar. As empresas que dependem de poucos fornecedores podem enfrentar problemas graves em caso de instabilidade nos serviços ou de mudanças nas regulamentações, especialmente em mercados como EUA e União Europeia.

Para enfrentar esses desafios, a Gartner recomenda que as empresas utilizem planejamento de cenários, especialmente para eventos como eleições, que possuem desfechos previsíveis mas com múltiplos impactos potenciais. Esse tipo de planejamento permite que as empresas avaliem melhor os riscos e preparem ações preventivas que possam mitigar efeitos adversos.

Os líderes de risco e compliance também são orientados a fortalecer a capacidade de suas organizações para lidar com interrupções inesperadas. O monitoramento contínuo e a capacidade de adaptação a novos eventos críticos são considerados essenciais para garantir a resiliência das empresas em um ambiente corporativo cada vez mais desafiador e incerto.

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