A comissão do senado americano que acompanha as relações do país com a China (U.S.-China Economic and Security Review Commission) publicou no dia 19 de Novembro um relatório de 793 páginas com 32 recomendações para o governo dos EUA, sendo que a primeira coloca a inteligência artificial no mesmo grau de importância do desenvolvimento da bomba atômica na segunda guerra mundial. A recomendação diz que o Congresso deve “estabelecer e financiar um programa semelhante ao Projeto Manhattan, dedicado a acelerar e obter uma capacidade de Inteligência Artificial Geral (AGI)”.
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Entre as ações específicas que a Comissão recomenda para o Congresso estão “proporcionar ampla autoridade de contratação plurianual ao poder executivo e financiamento associado para empresas líderes em inteligência artificial, nuvem e data center e outras, para promover a política declarada em um ritmo e escala consistentes com a meta da liderança da AGI dos EUA; e orientar o secretário de defesa dos EUA a fornecer uma “Classificação DX” do Sistema de Prioridades e Alocações de Defesa para itens no ecossistema de inteligência artificial para garantir que este projeto receba prioridade nacional”. Os contratos classificados como DX têm a prioridade mais alta no Departamento de Defesa.
O relatório detalha também como a China integrou tecnologias de ponta em suas estratégias econômicas e militares. Entre suas 32 recomendações, a comissão pede ao Congresso que priorize o espaço como uma arena vital de competição e conduza uma revisão abrangente da indústria espacial comercial dos EUA.
Embora a AGI permaneça teórica, o relatório enfatiza o risco de que os EUA fiquem atrás da China neste domínio. Os investimentos de Pequim em IA abrangem aplicações civis e militares, levantando preocupações sobre o potencial da AGI de inclinar o equilíbrio global de poder.
Os avanços espaciais da China, particularmente em aplicações militares, são uma preocupação fundamental mencionada no relatório. O Exército de Libertação Popular (PLA) expandiu significativamente suas capacidades de vigilância baseadas no espaço, triplicando seus satélites em órbita baixa da Terra e dobrando aqueles em órbita geoestacionária entre 2018 e 2024. Esses ativos, incluindo satélites de imagem eletro-óptica, agora fornecem cobertura quase contínua do Indo-Pacífico, representando uma ameaça substancial às operações dos EUA e aliados.