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IA eleva taxas de risco cibernético e de fraudes

A revolução gerada pela inteligência artificial (IA) está transformando o panorama da segurança cibernética, permitindo que cibercriminosos criem ataques mais sofisticados e convincentes. De e-mails falsificados quase indetectáveis a esquemas de phishing hiperpersonalizados, a nova era da fraude online desafia as defesas tradicionais e exige atenção redobrada.

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De acordo com a McAfee, mensagens fraudulentas criadas com IA podem ser tão personalizadas e persuasivas que se tornam indistinguíveis de comunicações legítimas. Serviços de e-mail populares, como Gmail e Outlook, ainda não conseguem proteger os usuários de maneira eficaz contra esse tipo de ameaça, que explora dados pessoais disponíveis online para criar ataques direcionados.

Pesquisas do Financial Times indicam um aumento em campanhas de phishing que utilizam bots de IA para analisar perfis digitais e adaptar mensagens ao estilo de comunicação das vítimas. Empresas como o eBay já relataram um crescimento significativo no número de ataques, enquanto especialistas da Check Point preveem que, até 2025, cibercriminosos poderão usar IA para criar malware sob medida, capaz de driblar os mecanismos de segurança mais avançados.

Além de e-mails falsificados, os bots de IA analisam redes sociais e outras atividades online para identificar vulnerabilidades. Ameaças corporativas, como esquemas para manipular executivos e obter autorizações financeiras, são uma das principais preocupações. A IA permite gerar mensagens extremamente convincentes, reduzindo os indícios que antes alertavam os usuários sobre fraudes.

Diante desse cenário, o FBI emitiu alertas sobre o uso da IA generativa em crimes cibernéticos. Embora não seja ilegal criar conteúdos sintéticos, essas ferramentas estão sendo utilizadas em esquemas de fraude, extorsão e phishing. Para se proteger, especialistas recomendam práticas como autenticação de dois fatores, senhas robustas e exclusivas, e cautela ao lidar com links ou solicitações suspeitas, independentemente da aparência legítima.

A evolução da tecnologia exige que usuários e organizações estejam constantemente vigilantes e adotem medidas proativas para combater os riscos emergentes trazidos pela inteligência artificial no cibercrime.