Fabricante chinesa decidiu lançar novo modelo de smartphone mesmo sabendo que não poderá usar aplicativos e serviços essenciais do Google

A Huawei acusou autoridades americanas de ataques cibernéticos e de tentarem coagir funcionários a fornecer informações confidenciais da empresa. A companhia não detalhou, porém, que tipos ataques cibernéticos foram desferidos nem tampouco se os mesmos foram bem-sucedidos.
A gigante chinesa da tecnologia disse que autoridades americanas estão usando “meios inescrupulosos” para interromper seus negócios, e que enfrenta dificuldade de acesso a tecnologias de empresas americanas devido a acusações de que os equipamentos e aparelhos da fabricante continham brechas propositais para facilitar a espionagem. Com base nestas alegações, em maio deste ano, a Huawei foi colocada em uma lista negra comercial pela Casa Branca.
A proibição de ter acesso a tecnologia dos EUA inclui a impossibilidade de usar o sistema operacional Android, com todos os recursos do sistema operacional, em seus novos smartphones. Os aparelhos da Huawei podem manter apenas a Google Play Store e suas proteções de segurança devido a uma licença temporária concedida pelo governo dos EUA, mas não isso se estende a aparelhos novos. Isso certamente terá impacto comercial para a empresa, especialmente no Ocidente.
Os EUA nunca apresentaram provas publicamente de que a Huawei realmente facilita a espionagem para a China. A companhia continua negando as acusações e afirmando que seus produtos são utilizados normalmente em centenas de países. A posição do governo americano, no entanto, foi suficiente para que aliados como Reino Unido e Austrália também parassem de utilizar equipamentos da empresa.
“Condenamos veementemente o esforço maligno e coordenado do governo dos EUA para desacreditar a Huawei e reduzir sua posição de liderança no setor”, disse a empresa em comunicado, nesta quinta-feira, 5.
Ela também rechaçou acusações de roubo de patentes de câmeras de smartphones feitas nos EUA, segundo o The Wall Street Journal. A notícia tem como base investigação do Departamento de Justiça em Washington. Com agências de notícias internacionais.