O sistema bancário do Paquistão, formado por um total de 42 instituições, está operando com limitações e cautela desde o dia 27 de outubro. Nesse dia foi descoberta a invasão dos sistemas do Bankislami, mas ontem um porta-voz da polícia federal do país revelou que o ataque foi muito pior: houve invasão nas redes de praticamente todos os bancos paquistaneses.
A revelação foi feita pelo diretor da divisão de crimes cibernéticos da Agência Federal de Investigações (FIA), Mohammad Shoaib. Ele disse que de acordo com o relatório dos peritos, “supõe-se que dados de quase todos os bancos paquistaneses foram hackeados”. A FIA convocou todos os bancos para uma reunião dos executivos de segurança, segundo Shoaib porque “os bancos são os guardiões do dinheiro que as pessoas”.
As principais limitações de operação se referem a transações internacionais, de por pessoas que estão fazendo saques ou pagamentos em outros países, já que foi essa a maneira usada para o roubo ao Bankislami. Neste momento, há cerca de dez bancos sem operações internacionais de saque nos caixas automáticos segundo a imprensa do Paquistão. Há informações de que as credenciais de acesso a 8 mil contas bancárias paquistanesas estiveram à venda na dark web.
O porta-voz do banco central, Abid Qamar, disse que por enquanto essa informação sobre a venda de credenciais não pode ser confirmada. No entanto, ele confirmou que “alguns” bancos suspenderam saques e pagamentos internacionais feitos com cartões de débito, e informaram ao banco central que houve esse bloqueio. Sabe-se que um dos grandes bancos paquistaneses enviou mensagens a seus clientes informando que os serviços bancários móveis on-line seriam suspensos temporariamente a partir de 3 de novembro por problemas “técnicos”.