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Hackers invadem laboratório de covid-19 da Universidade de Oxford

Da Redação
26/02/2021

Um dos laboratórios da Universidade de Oxford que desenvolve estudos sobre a covid-19 foi hackeado. A Forbes, que noticiou que hackers estavam exibindo acesso a vários sistemas da instituição, disse que a universidade confirmou o incidente, mas afirmou que teria isolado o ataque. Ela, no entanto, disse à publicação que não poderia comentar mais sobre a escala da violação. A universidade adiantou apenas que entrou em contato com o National Cyber ​​Security Center (NCSC), que agora irá investigar o ataque. 

O incidente foi detectado na Divisão de Biologia Estrutural (conhecida como “Strubi”), que possui máquinas usadas para preparar amostras bioquímicas. Uma fonte ligada à universidade disse, sob a condição de anonimato, que o problema foi identificado e contido. “Agora estamos investigando mais profundamente. Mas adianto que não houve impacto em nenhuma pesquisa clínica, pois elas não são realizadas na área afetada. Como é padrão com esses incidentes, notificamos o National Cyber ​​Security Center (NCSC) e estamos trabalhando com eles”, disse a fonte.

A NCSC confirmou ter sido informada sobre o incidente. “Estamos cientes que um incidente afetou a Universidade de Oxford e estamos trabalhando para compreender totalmente seu impacto”, disse um porta-voz do órgão. A agência reguladora de informações e privacidade (ICO) do Reino Unido disse que também foi informada. “Recebemos um relatório de violação de dados da Universidade de Oxford e avaliaremos as informações fornecidas”, disse um porta-voz.

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A Forbes foi alertada sobre a violação pelo diretor de tecnologia da empresa de segurança cibernética Hold Security, Alex Holden, que forneceu capturas de tela do acesso dos hackers aos sistemas da Universidade de Oxford. Ele mostrou interfaces para o que parecia ser um equipamento de laboratório, com a capacidade de controlar bombas e pressão. Também havia horas e datas nos controles baseados em Windows. Constam como datas da invasão os dias 13 e 14 de fevereiro passado, indicando que a violação continuou até recentemente.

O porta-voz da Universidade de Oxford confirmou que as máquinas hackeadas são usadas para purificar e preparar amostras bioquímicas, como proteínas, que são feitas em laboratório para pesquisas. Essas amostras foram usadas nas pesquisas sobre o coronavírus, confirmou o porta-voz. Uma violação do laboratório pode colocar os dados de pesquisas em risco, incluindo pesquisas sobre a covid-19.

Também há a ameaça de sabotagem de pesquisas, se os hackers forem capazes de mexer no fluxo de líquidos ou em outros aspectos da tecnologia de purificação. Holden disse que estava particularmente preocupado com a violação devido à capacidade dos hackers de desativar um alarme de pressão da interface. “Com notícias sobre cibercriminosos adulterando os controles de pureza da água, outros ataques contra empresas de energia, esse tipo de dado nas mãos de cibercriminosos gera muitas preocupações”, disse ele.

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