Atingida recentemente por um ataque da gangue de ransomware Hunters International, a fabricante japonesa de lentes oftálmicas Hoya Corporation se agora diante do dilema de pagar ou não o pedido de resgate feito pelos hackers, que estão exigindo o pagamento de US$ 10 milhões para não divulgar os supostos 1,7 milhão de arquivos roubados, totalizando 2 TB de dados.
Além de lentes oftálmicas, a Hoya é especializada em instrumentos ópticos, equipamentos médicos e componentes eletrônicos. Ela possui mais de 37 mil funcionários em 160 escritórios e subsidiárias em mais de 30 países, inclusive o Brasil, e opera uma rede de 43 laboratórios em todo o mundo.
Há uma semana, a empresa divulgou um ataque cibernético que afetou a produção e o processamento de pedidos, com várias de suas divisões de negócios enfrentando interrupções de TI. Na época, a empresa disse que estava investigando a possibilidade de hackers terem acessado ou exfiltrado informações confidenciais de seus sistemas, mas observou que poderia levar algum tempo para determinar se algo foi roubado.
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Até o momento, nenhum arquivo foi divulgado no site do Hunters International e os operadores da ameaça não assumiram publicamente a responsabilidade pelo ataque à Hoya. O site LeMagIT, no entanto, postou capturas de tela do painel de negociação do grupo que as vítimas usam para negociar o pagamento do resgate em que fica explícito que foi adotada uma “política de não negociação/sem desconto”, indicando que esta é a única oferta que será aceita.
A gangue Hunters International é uma operação de ransomware-as-a-service (RaaS) que surgiu em meados de 2023, cujo criptografador compartilha código com a operação de ransomware Hive, indicando uma possível reformulação da marca, embora ela negue qualquer tipo filiação ao grupo.