CISO Advisor: 242.318 page views/mês - 93.273 usuários/mês - 5.338 assinantes

Hackers chineses teriam invadido infraestrutura naval dos EUA

Da Redação
30/05/2023

A Marinha dos Estados Unidos foi atingida por um ataque cibernético patrocinado pelo governo chinês, segundo divulgado pela Microsoft na semana passada e confirmado pelo secretário da força, Carlos Del Toro, em entrevista à rede de TV CNBC. Ele disse que a Marinha dos EUA “foi impactada” pelos ciberataques e acrescentou que “não é surpresa que a China esteja se comportando dessa maneira, não apenas nos últimos dois anos, mas nas últimas décadas”.

Del Toro, no entanto, se recusou a fornecer mais detalhes sobre a incursão dos supostos hackers chineses, mas sugeriu que a Marinha vinha enfrentando ataques cibernéticos como esse há anos.

A Microsoft emitiu um aviso na quarta-feira passada, 24, assim como as agências de inteligência, incluindo a Agência de Segurança Nacional (NSA), a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA) dos EUA e agências de segurança cibernética de outras quatro nações. Os avisos alertaram empresas privadas e públicas de que um sofisticado grupo de hackers apoiado pelo Estado chinês explorou com sucesso uma vulnerabilidade em um popular pacote de segurança cibernética.

A vulnerabilidade, que foi explorada por um grupo de espionagem, de codinome Volt Typhoon, tem como alvo a infraestrutura cibernética crítica em vários setores, principalmente as comunicações e os setores marítimos, da ilha norte-americana de Guam, na Micronésia, que abriga uma importante base militar dos EUA na Ásia.

Veja isso
China tem 50 hackers para cada agente de cibersegurança do FBI
China diz que investigará a Micron para garantir cibersegurança

O governo dos EUA disse que está trabalhando com seus parceiros do Five Eyes (acordo na área de inteligência entre Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA) para identificar possíveis violações.

O grupo de hackers parece ter se concentrado na espionagem, e não na interrupção das infraestruturas, disse a Microsoft. Mas altos funcionários de inteligência e pesquisadores de segurança expressaram preocupação de que Guam tenha sido o alvo, dizendo ao The New York Times que o território da ilha seria crucial para evitar uma invasão à Taiwan pela China, há muito temida.

O Ministério das Relações Exteriores da China e a imprensa estatal rechaçaram as acusações da Microsoft e da comunidade de inteligência e as classificaram como “desinformação”.Na quinta-feira anterior, 18, um porta-voz do Departamento de Estado disse que é vital que o governo e o público permaneçam vigilantes. “Continuaremos a trabalhar com nossos aliados e parceiros para resolver esse problema crítico”, disse o porta-voz Matthew Miller em um briefing.

Compartilhar: