Os hackers chineses penetraram profundamente nas redes de telecomunicações dos EUA, comprometendo empresas como Charter Communications, Consolidated Communications, Windstream, AT&T, Verizon, Lumen Technologies e T-Mobile, segundo fontes citadas pelo Wall Street Journal em reportagem publicada hoje. Esses ataques exploraram vulnerabilidades em dispositivos da Fortinet e roteadores da Cisco Systems, comprometendo infraestruturas críticas.
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O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, já havia alertado o setor e o governo alertou em 2023 sobre a capacidade desses hackers de interromper operações em portos, redes elétricas e outras infraestruturas críticas. A AT&T e a Verizon confirmaram os ataques, mas afirmaram que agora as suas redes já estão seguras. Já a T-Mobile disse ter conseguido evitar o acesso a informações sensíveis de clientes, enquanto a Lumen afirmou ter eliminado vestígios dos invasores.
Embora a China negue categoricamente as acusações, classificando-as como desinformação, os impactos dos ataques levantam sérias preocupações: em dezembro de 2024, o Departamento do Tesouro informou ter havido uma invasão ligada à China, durante a qual hackers acessaram estações de trabalho e documentos não confidenciais, e classificando o evento como um “grande incidente de segurança cibernética”.
Além disso, em novembro de 2024, descobriu-se que hackers chineses obtiveram dados sobre chamadas e obtiveram mensagens de texto de cerca de 150 políticos de Washington, aprofundando a gravidade da ameaça. O ataque também incluiu alvos como indivíduos ligados às campanhas de Kamala Harris e de Donald Trump.