Um hacker que assina com o pseudônimo “Monsieur Personne” (Senhor Ninguém, em francês) decidiu provar que, apesar das críticas elogiosas da mídia sobre a inviolabilidade de tokens não fungíveis (NFTs), na verdade, eles não são tão únicos e nem tão seguros. Para demonstrar o que classificou como “absurdo da campanha publicitária do NFT”, ele criou cópias falsas dos NFTs mais caros do mundo. Inclusive daquele que representa a obra “Everydays: the First 5000 Days”, de Michael Winkelmann, vendido por US$ 69,3 milhões pela galeria Christie’s em 2021.
O hacker disse num post que após uma série de tentativas mal-sucedidas de alertar a mídia e as empresas de segurança da informação de que estão erradas na segurança do NFT, ele decidiu resolver o problema por conta própria. Disse que no início, compartilhou suas conclusões com um círculo limitado de pessoas, mas ninguém acreditou nele. Então, decidiu mostrar seu conceito em ação.
Veja isso
MIT diz que app móvel de votação com blockchain é vulnerável
Estamos na era da computação confidencial
O que ele fez foi criar seu próprio NFT no blockchain Ethereum, que também abriga o NFT original do artista. Monsieur Personne configurou os componentes do seu NFT para que seu ID e histórico de transações fossem semelhantes ao do token de Winkelmann. Em outras palavras, não é o proprietário do NFT original, mas um observador desatento médio pode pensar o contrário.
É importante notar, diz ele, que não é um conteúdo NFT falso – qualquer pessoa pode baixar uma cópia exata da pintura de Beeple da Internet simplesmente pesquisando seu nome no Google. Como qualquer pessoa também pode olhar ou possuir uma pintura digital (é como possuir uma reprodução de uma obra de arte). Mas é difícil fornecer prova criptográfica de que a pessoa é a proprietária da obra de arte original.
A prova criptográfica é o NFT, exclusivo e criado pelo próprio artista. Como o token é armazenado no blockchain, espera-se que o histórico de transações esteja protegido com segurança, mas Monsieur Personne decidiu dissipar esse equívoco. O token criado por Monsieur Personne não compromete a autenticidade da pintura original. No entanto, será muito difícil para os usuários determinar qual é a pintura original e qual a falsa.
Com agências de notícias internacionais