O ciberataque à companhia aérea TAP pode ter roubado dados pessoais do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, além de deputados, membros do governo e forças de segurança e militares. Ele e mais cerca de 1,5 milhão de pessoas estão entre os clientes da companhia aérea estatal TAP cujos dados foram roubados, como foi confirmado pela empresa na sexta-feira passada, 26.
A TAP, principal companhia aérea portuguesa, havia declarado no dia anterior que os hackers haviam roubado alguns dos dados pessoais de seus clientes e os publicado na dark web, embora a empresa tenha dito que todos os detalhes de pagamento dos clientes pareciam seguros.
Em um carta endereçada aos clientes, a TAP afirma que o ciberataque, ocorrido em abril, roubou de seus servidores dados pessoais de usuários da companhia aérea, como nomes, nacionalidades, endereços de e-mails e residencial, números de telefone, entre outras informações.
“A divulgação dos dados pessoais através de fontes abertas pode aumentar o risco da sua utilização ilícita, nomeadamente visando a obtenção de outros dados que possam comprometer os sistemas digitais em tentativas fraudulentas como o phishing”, diz a TAP na carta. No entanto, a empresa afirma que “não há sinais de que quaisquer dados de pagamentos tenham sido recuperados dos sistemas da TAP”.
Veja isso
Site da agência de controle de tráfego aéreo europeu é atacado
Campanha de ataques ao setor aéreo já dura dois anos
A companhia aérea afirmou ainda ter tomado medidas de contenção imediata para manter os seus sistemas a funcionar e proteger outros dados. Ela não divulgou, no entanto, o número de clientes afetados — os cerca de 1,5 milhão de clientes afetados é uma estimativa da imprensa portuguesa.
A TAP instou os clientes a terem cuidado com contatos não solicitados que pedem informações pessoais, alertando-os para não clicarem em links e anexos de e-mails suspeitos. Ela também recomendou a mudança de senhas para outras mais fortes e disse que se absteria de contatos individuais com clientes sobre o assunto para evitar confusão.A CEO da TAP, Christine Ourmieres-Widener, disse a repórteres da imprensa portuguesa que a companhia aérea leva “muito a sério os dados dos clientes” e disse que o incidente foi perturbador. Com informações de agências de notícias internacionais e imprensa portuguesa.