O Google anunciou na segunda-feira, 13, que está tomando medidas legais contra cibercriminosos que distribuíram malware por meio de sites que disseram aos usuários que poderiam baixar o Bard, a ferramenta chat baseada em inteligência artificial (IA) da gigante da tecnologia.
A empresa entrou com processo contra o que descreveu como “golpistas de IA”. Os operadores de ameaças criaram páginas de mídia social e veicularam anúncios promovendo sites onde o Bard supostamente poderia ser baixado. O Bard está disponível online e não precisa ser baixado.
Os sites maliciosos entregavam malware que permitia que os cibercriminosos assumissem o controle das contas de mídia social das vítimas. “Estamos buscando uma ordem judicial para impedir que os golpistas configurem domínios como esses e nos permita desativá-los com registradores de domínios dos EUA. Se isso for bem-sucedido, servirá como um dissuasor e fornecerá um mecanismo claro para prevenir golpes semelhantes no futuro”, disse o Google em um post no seu blog.
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A gigante da tecnologia disse que realizou aproximadamente 300 remoções relacionadas a esse esquema desde abril. Em um processo separado, o Google mirou operadores de ameaças que infringiram a DMCA (lei de direitos autorais do milênio digital que criminaliza não só a infração em si, mas também a produção e a distribuição de tecnologia que permita evitar as medidas de proteção aos direitos de autor) para prejudicar concorrentes, enviando milhares de remoções falsas de direitos autorais de dezenas de contas do Google.
As falsas solicitações de DMCA resultaram na remoção de mais de 100 mil sites pertencentes a empresas, causando-lhes danos financeiros significativos.
“Esperamos que esses esforços protejam e preservem a cultura de inovação sem precedentes nos EUA. Assim como os fraudadores de IA e os golpistas de direitos autorais esperam voar sob o radar, acreditamos que a ação legal apropriada e o trabalho com funcionários do governo colocam os golpistas diretamente na mira da Justiça, promovendo uma internet mais segura para todos”, disse o Google em comunicado.