Um grupo de golpistas online faturou quase US$ 1,7 milhão prometendo brindes de criptomoedas no YouTube, de acordo com o Group-IB. O fornecedor de segurança cibernética afirma que a gangue realizou 36 transmissões no YouTube entre 16 e 18 de fevereiro, atraindo pelo menos 165 mil espectadores.
Ainda segundo o Group-IB, os golpistas usaram imagens de empreendedores do setor de tecnologia e entusiastas de criptomoedas como Elon Musk, Brad Garlinghouse, Michael Saylor, Changpeng Zhao e Cathie Wood para dar legitimidade à fraude. Os próprios canais foram hackeados ou comprados no mercado clandestino, disse a empresa.
Os fluxos que os golpistas criaram apresentavam links para ao menos 29 sites com instruções sobre como dobrar os investimentos em criptomoedas. Para participar, os “investidores” foram instados a enviar uma pequena quantia em moeda virtual sob a promessa de receberem o dobro do valor de volta.
Dependendo da criptomoeda e do tipo de carteira usada, algumas vítimas foram solicitadas a inserir frases iniciais para “conectar” suas carteiras. No entanto, isso permitiu que os fraudadores obtivessem controle das carteiras e retirassem todos os fundos.
Em apenas três dias, os golpistas receberam 281 transações totalizando quase US$ 1,7 milhão em suas carteiras de criptomoedas. No entanto, o número exato de vítimas e o valor total roubado permanecem desconhecidos.
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“O esquema de distribuição de criptomoedas falsas não é novo, mas aparentemente ainda está tendo um momento [propício]. Uma análise mais aprofundada da infraestrutura de domínio dos golpistas revelou que 29 sites faziam parte de uma rede massiva de 583 recursos interconectados, todos configurados no primeiro trimestre deste ano”, diz o Group-IB. “Notavelmente, houve três vezes mais domínios registrados para esse esquema em menos de três meses na comparação com todo o ano passado.”
O Group-IB orienta os entusiastas de criptomoedas a serem céticos em relação a brindes gratuitos e não compartilhem dados confidenciais online. Os usuários também foram aconselhados a verificar a legitimidade de quaisquer promoções e manter as frases iniciais armazenadas de forma segura com um gerenciador de senhas. Com agências de notícias internacionais.