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Gasto da Clorox para remediar ataque já soma US$ 49 milhões

A Clorox confirmou que o ataque cibernético que sofreu em setembro de 2023 custou até agora US$ 49 milhões à empresa em despesas relacionadas à resposta ao incidente. A despesa foi informada no relatório financeiro apresentado pela fabricante americana de produtos de limpeza à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA na quinta-feira passada, 1º.

“Os custos incorridos referem-se principalmente a serviços de consultoria terceirizados, incluindo recuperação de TI e especialistas forenses e outros serviços profissionais para investigar e remediar o ataque, bem como custos operacionais incrementais pela interrupção resultante nas operações de negócios da empresa”, diz o relatório referente ao segundo trimestral do ano fiscal 2024 da Clorox.

“Nossos resultados do segundo trimestre refletem a forte execução de nosso plano de recuperação do ataque cibernético de agosto”, disse a presidente e CEO da Clorox, Linda Rendle, no formulário 8-K arquivado na SEC. “Estamos reconstruindo os estoques dos varejistas antes do previsto, o que nos permite retornar ao merchandising e restaurar a distribuição. Embora ainda haja mais trabalho a fazer, estamos focados em executar com excelência no que continua sendo um ambiente desafiador para impulsionar o crescimento da receita e margem de reconstrução.”

Em 11 de agosto do ano passado, a Clorox sofreu um ataque cibernético que causou interrupções nas operações da empresa e afetou a produção de seus materiais de limpeza e, como consequência, a diminuição da disponibilidade de produtos no mercado. Até hoje, no entanto, ela ainda está trabalhando para se recuperar do ataque.

Embora a Clorox não tenha fornecido muitos detalhes sobre o ataque, a Bloomberg informou que se acredita que ele tenha sido realizado pela gangue de hackers conhecida como Scattered Spider, um grupo de operadores de ameaças — muitos deles falantes do idioma inglês —, especializado em ataques de engenharia social para violar as redes de uma empresa. O curioso é que são afiliados da gangue de ransomware BlackCat/ALPHV, que normalmente só trabalha com operadores de ameaças que falam russo.

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A Clorox fechou 2023 com receita de cerca de US$ 7,5 bilhões e quase 8.700 empregados globalmente, incluindo os do Brasil. Em agosto do ano passado, a empresa anunciou a intenção de vender os negócios no país. Fontes do setor químico de produtos de limpeza e higiene doméstica dizem que a companhia vem procurando compradores para os ativos no Brasil desde o final do primeiro semestre e que há algumas empresas interessadas na aquisição, mas até o momento nada foi concretizado.

Para ter acesso ao formulário 8-K, em inglês, arquivado na SEC pela Clorox, no qual detalha os custos incorridos para investigar e remediar o ataque, clique aquiCom agências de notícias internacionais.