O Grupo de Especialistas Cibernéticos do G7 (CEG), liderado pelo Departamento do Tesouro dos EUA e pelo Banco da Inglaterra, divulgou ontem um alerta sobre os riscos associados à computação quântica para o setor financeiro. O grupo destaca que, apesar dos benefícios potenciais dessa tecnologia, como a resolução de problemas complexos, os computadores quânticos também podem ameaçar a segurança cibernética, comprometendo as técnicas criptográficas que atualmente protegem dados e sistemas.
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A computação quântica tem o potencial de decifrar os métodos atuais de criptografia, expondo dados sensíveis de instituições financeiras, incluindo informações de clientes. O Secretário Adjunto do Tesouro dos EUA, Todd Conklin, reforçou a importância do planejamento para a transição quântica, alertando que a adoção responsável de tecnologias emergentes deve ser acompanhada de estratégias de mitigação de riscos para garantir a segurança econômica global.
Embora não haja uma previsão exata para a chegada de computadores quânticos avançados, especialistas apontam que a tecnologia pode estar disponível dentro de uma década. Isso não apenas ameaça dados futuros, mas também informações antigas já interceptadas por cibercriminosos, que podem aguardar a evolução da tecnologia quântica para decifrá-las. O G7 enfatiza que as entidades financeiras precisam agir desde já para preparar suas defesas.
O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) lançou recentemente padrões de criptografia resistentes à computação quântica, com mais atualizações esperadas. O G7 encoraja as instituições financeiras a adotarem essas medidas rapidamente, ajustando-se à medida que novos padrões forem lançados, garantindo a proteção contra futuros ataques quânticos.
Além disso, o CEG recomenda que as instituições financeiras avaliem os riscos da computação quântica, elaborem planos de mitigação e invistam em resiliência. O grupo, que reúne autoridades financeiras de todos os países do G7 e da União Europeia, reforça a importância da cooperação internacional na construção de um sistema financeiro global mais seguro frente aos avanços tecnológicos.