A empresa israelense Paragon, especializada em tecnologias cibernéticas ofensivas, será adquirida pelo fundo de private equity norte-americano AE Industrial Partners por até US$ 900 milhões. O acordo inclui um pagamento inicial de US$ 500 milhões e US$ 400 milhões adicionais condicionados ao cumprimento de metas comerciais. Apesar da aquisição, a Paragon continuará operando como uma empresa israelense, obedecendo às regulamentações dos governos de Israel e dos EUA.
Leia também
Alemanha recomenda Wi-Fi separado para IoT
Inovações em IA da Meta esbarram na legislação brasileira
A equipe de gestão será mantida, e a empresa planeja expandir para novos mercados, lançar produtos inovadores e recrutar cerca de 150 novos funcionários. Os fundadores da Paragon, incluindo o ex-primeiro-ministro Ehud Barak, dividirão aproximadamente US$ 150 milhões do pagamento inicial, enquanto funcionários receberão cerca de US$ 100 milhões por meio de opções de ações. O restante será distribuído entre os investidores.
A Paragon, uma das principais empresas de cibersegurança ofensiva de Israel, diferencia-se da NSO ao operar exclusivamente em nações democráticas, evitando controvérsias éticas associadas a vendas para regimes autoritários. A aquisição foi planejada para posicionar a Paragon como líder global no setor, fortalecendo os laços entre os ecossistemas cibernéticos israelense e americano. Sob o acordo, a empresa manterá autonomia na seleção de clientes, mas poderá enfrentar desafios futuros dependendo de mudanças na política dos EUA sobre exportações cibernéticas.
A aquisição foi finalizada após negociações regulatórias entre Israel e os EUA. A Paragon será integrada à subsidiária Red Lattice, da AE Industrial Partners, permitindo a expansão para novos mercados enquanto mantém operações independentes nos territórios atuais. A liderança da Paragon permanecerá no comando, focada em atingir metas comerciais e maximizar o valor da empresa sob a nova propriedade.