O indiano Sudhish Kasaba Ramesh, que trabalhou para a Cisco até abril de 2018, foi considerado na última quarta-feira o culpado pela deleção de aproximadamente 16 mil contas de usuários e 456 servidores da plataforma Webex, de videoconferência, de propriedade da empresa. Ramesh está atualmente em liberdade por uma fiança de US$ 50 mil.
Ramesh, segundo comunicado do tribunal do Norte da Califórnia, mora em San José e admitiu ter acessado intencionalmente a infraestrutura em nuvem da Cisco, hospedada na AWS, sem a permissão da Cisco, em 24 de setembro de 2018. Ele admitiu também que durante esse acesso não autorizado implantou na área da Cisco código de sua conta do Projeto Google Cloud, que resultou na exclusão das 456 máquinas virtuais do aplicativo Cisco WebEx Teams, que fornecia videoconferências, mensagens de vídeo, compartilhamento de arquivos e outras ferramentas de colaboração.
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O tribunal informou que ele também admitiu ter agido “de forma imprudente” ao implantar o código e, conscientemente, desconsiderou o risco de que sua conduta pudesse prejudicar a Cisco. As mais de 16 mil contas do WebEx Teams ficaram fechadas por até duas semanas, fazendo com que a Cisco gastasse aproximadamente US$ 1,4 milhão em horas de trabalho de funcionários para restaurar os danos ao aplicativo e reembolsar mais de US$ 1 milhão aos clientes afetados. Nenhum dado de cliente foi comprometido.
Dependendo da decisão do tribunal,, Ramesh poderá ser deportado. Atualmente ele está contratado por uma empresa de TI na região do Vale do Silício, o que garante a ele o direito à solicitação de um visto de trabalho.
Com agências internacionais