As fraudes no comércio eletrônico devem aumentar 18% entre 2020-2021 e superar US$ 20 bilhões globalmente este ano, de acordo com a última pesquisa da Juniper Research. Segundo o levantamento, as perdas com falcatruas online somente no ano passado já somam cerca de US$ 17,5 bilhões. O aumento exponencial dos golpes é atribuído ao número crescente de consumidores que passaram a comprar pela internet devido à pandemia de covid-19.
De acordo com o novo relatório, intitulado Fraude de Pagamento Online: Ameaças Emergentes, Análise de Segmento e Previsões de Mercado Pesquisa de Mercado 2021-2025, o crescimento dos ataques se deve também ao fato de os varejistas online estarem bastante atrasados na adoção de sistema mais inteligentes de proteção para mitigar as fraudes.
A Juniper aponta a biometria comportamental baseada em inteligência artificial como um importante passo na inovação tecnológica que poderia ajudar as empresas a reagir, sem colocar atrito na jornada de compra do cliente. Essas ferramentas podem funcionar em segundo plano para identificar cada usuário pela maneira única, tais como a maneira como ele digita, usa o mouse, preenche formulários da web ou realiza outras tarefas. Isso limitaria o número de transações que devem ser sinalizadas para revisão manual ou verificações de autenticação extras.
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Mensagens claras sobre a necessidade dessas verificações extras também são importantes para ajudar a gerenciar as expectativas do cliente no check-out online, diz a Juniper. “Embora a necessidade de segurança seja mais necessária do que nunca, o ambiente competitivo de e-commerce indica que os varejistas precisarão garantir que verificações de segurança extras sejam justificadas para o usuário, ou correm o risco de ter taxas de abandono do carrinho de compras mais altas”, alerta a coautora do estudo, Susan Morrow.
De acordo com a Juniper, a China é o maior mercado de fraudes no comércio eletrônico mundial e deve responder por mais de 40% das perdas globais em 2025, estimadas em mais de US$ 12 bilhões. A empresa orienta os varejistas chineses investir em soluções avançadas agora para proteger suas margens operacionais, já bastante estreitas.