A FIFA, mais alta instituição do futebol mundial, reconheceu que sua rede foi comprometida e invadida em março deste ano. A entrada de hackers foi proporcionada por uma campanha de phishing feita sobre funcionários que tinham credenciais de acesso à rede da entidade.
Sabe-se que muitos documentos internos vazaram e foram enviados pelos hackers à organização Football Leaks, a mesma que publicou os documentos obtidos no vazamento de 2016. Desta vez os documentos estão também com a revista semanal alemã Der Spiegel, e com a European Investigative Collaboration , organização formada por empresas de mídia europeias. É esperado que durante o dia de hoje a EIC comece a publicar os documentos vazados, enquanto a publicação da revista Der Spiegel acontecerá amanhã.
A FIFA admitiu que sofreu a violação de dados mas até agora vinha se recusando a divulgar o que foi exposto. Os dirigentes acabaram admitindo a invasão porque nas últimas semanas tanto a FIFA quanto a UEFA receberam centenas de perguntas de jornalistas. Muitas delas estão relacionadas a informações contidas em documentos confidenciais. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, era o administrador mais antigo da UEFA antes de ser eleito para a FIFA em 2016.
A primeira invasão da rede, em 2016, foi feita por um órgão de inteligência militar da Rússia segundo relatórios do Departamento de Justiça dos EUA e do FBI. Isso levou à publicação de provas de investigações antidoping e de resultados de laboratório. O incidente ajudou a derrubar autoridades da FIFA e deixou clara a forma como as decisões são tomadas dentro da organização.