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FBI identifica e acusa de extorsão hacker brasileiro

Um brasileiro que reside em Curitiba chamado Junior Barros de Oliveira, de 29 anos, foi formalmente acusado pelo Departamento de Justiça norte-americano de envolvimento em um esquema de extorsão que utilizava dados obtidos de forma ilegal: a revelação foi feita num despacho do procurador Philip R. Sellinger, no qual Oliveira é acusado de acessar sistemas protegidos da subsidiária brasileira de uma empresa que tem sede em Nova Jersey e também de tentar chantagear a empresa com a ameaça de divulgar informações confidenciais. O nome da empresa não foi divulgado.

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Segundo a denúncia apresentada no tribunal federal da cidade de Newark, o brasileiro teria invadido os sistemas da subsidiária brasileira em março de 2020, obtendo acesso não autorizado a dados sensíveis de cerca de 300 mil clientes. Poucos meses depois, em setembro, ele teria entrado em contato com representantes da matriz nos Estados Unidos, incluindo o CEO da empresa, exigindo mais de US$ 3 milhões em Bitcoins como pagamento para não divulgar os dados roubados.

As acusações incluem quatro crimes relacionados a ameaças extorsivas, baseadas em informações obtidas ilegalmente de computadores protegidos, e quatro acusações de comunicação ameaçadora. Cada uma das acusações por extorsão pode levar a uma pena de até cinco anos de prisão e multa de US$ 250 mil, ou o dobro do valor envolvido no crime. Já as acusações por comunicações ameaçadoras têm uma pena máxima de dois anos de prisão, além de multa nos mesmos valores.

O caso é liderado pelo Escritório de Campo do FBI em Newark. A investigação contou com o trabalho de agentes especializados em crimes cibernéticos e com o apoio da Unidade de Crimes Cibernéticos do Departamento de Justiça.