A Terabit, uma consultoria global especializada em telecomunicações, descobriu num exercício de projeção que o tráfego de internet entre a Europa e as Américas está esgotando a banda disponível nos cabos submarinos: em 2030, a demanda de largura de banda será de 13,1 petabits por segundo. Porém, os cabos submarinos só poderão absorver 4,7 petabits por segundo nesse ano. Se nenhum novo projeto de infraestrutura for desenvolvido, faltará uma capacidade de 8,4 petabits por segundo para transmitir dados entre os dois continentes.
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De acordo com um estudo da empresa de consultoria e pesquisa de mercado global de telecomunicações TeleGeography, a largura de banda global da Internet aumentou 28% ao longo de 2022, com uma taxa de crescimento anual composta de quatro anos (CAGR) de 29%, e agora está em 997 Tbps (t erabits por segundo ). Os números mais recentes da Global Internet Geography mostraram que, apesar dessa taxa de crescimento mais lenta, a largura de banda global da Internet quase triplicou desde 2018 e a era da rede medida em petabits por segundo (Pbps) se torna iminente.
Jean-Luc Vuillemin, diretor de redes internacionais da Orange Telecom, disse no Twitter: “Me perguntam qual seria o custo para satisfazer essa necessidade. Aproximadamente e com base em 250 M€ cada novo cabo (24 pares techno atuais) isto representa um investimento de 4,25 bilhões de euros… a questão é: quem é capaz de colocar este montante na mesa? Acima de tudo, penso que estes números vão levar o GAFA a lançar a construção de um grande número de novos cabos que irão aumentar a dependência europeia nesta área…” (GAFA neste caso representa Google, Apple, Facebook e Amazon).