Fake news iludem facilmente 62% dos brasileiros

Da Redação
23/02/2020

Os cidadãos que menos conseguem reconhecer fakes são os peruanos (79%), seguidos por colombianos (73%) e chilenos (70%). Argentinos e mexicanos são 66%, e brasileiros 62%.

As fake news, que tanto atraem usuários para armadilhas de phishing, iludem facilmente a maioria dos sul americanos. Em média, 70% dos latino-americanos não sabem identificar ou não têm certeza se conseguem diferenciar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira. A conclusões está no estudo ‘Iceberg Digital‘ desenvolvido pela Kaspersky em parceria com a empresa de pesquisa chilena CORPA. 

Os cidadãos que menos conseguem reconhecer fakes são os peruanos (79%), seguidos por colombianos (73%) e chilenos (70%). Mais atrás estão os argentinos e mexicanos, com 66%, e finalmente brasileiros (62%). A pesquisa também mostrou que 16% dos entrevistados desconhecem completamente o termo “fake news”, um aspecto em que os peruanos também se destacam, com 47% dos entrevistados alegando que não sabem o que a palavra significa. Por outro lado, os brasileiros são os mais familiarizados com o termo – só 2% desconhecem a expressão.

O estudo faz parte da campanha de conscientização ‘Iceberg Digital’ e que tem como objetivo analisar a atual situação da segurança dos internautas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, bem como desvendar os riscos que empresas e usuários finais enfrentam quando se conectam à rede de forma despreocupada.

As ações da campanha visam a impedir que usuários se tornem vítimas dos “icebergs digitais” – sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos e superficiais, mas que escondem perigos grandes ou desconhecidos. O intuito é que os usuários saibam reconhecer os perigos que se escondem na internet, aprendam a distinguir bom e ruim, real de falso e, assim, fiquem longe dos ciberataques.

De acordo com a pesquisa, apenas 2% dos latino-americanos consideram as notícias falsas inofensivas, enquanto a grande maioria as classifica como perigosas e eventualmente danosas: 72% dos entrevistados acreditam que as fake news viralizam para que alguém receba algo em troca ou para causar dano a algo/alguém. Mesmo tendo essa percepção negativa, menos da metade dos brasileiros (42%) ocasionalmente questiona o que lê na web.

Em relação aos que confiam nos conteúdos online, as mulheres (49%) da região superam os homens (42%). Na comparação regional, as peruanas aparecem na liderança novamente (63%), seguidas pelas colombianas e mexicanas (47%), argentinas e brasileiras (45%). As mais desconfiadas são as chilenas (42%)

“Os resultados deste novo estudo deixam claro que grande parte dos latino-americanos continua confiando fielmente no que circula na web, algo que pode causar graves consequências não apenas no âmbito pessoal, mas também no profissional”, diz Fabio Assolini, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky no Brasil. “No caso de fake news, além de prejudicarem uma pessoa ou instituição, podem também destruir reputações e gerar caos. Elas também são usadas pelos cibercriminosos para atrair usuários desatentos para links maliciosos e, assim, roubar dados pessoais e dinheiro”, alerta o especialista.

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