Dois ex-executivos de uma empresa de marketing dos EUA foram considerados culpados por vender ilegalmente dados de milhões de americanos: eles são Robert Reger e David Lytle, que trabalharam para a empresa Epsilon Data Management. Os dois venderam dados armazenados pela empresa para grupos fraudulentos especializados em esquemas de envio de emails em massa.
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Os dados continham os nomes e endereços residenciais de 100 milhões de pessoas nos EUA e foram usados para enviar cartas fraudulentas aos americanos durante um período de dez anos. O Departamento de Justiça afirma que os dois executivos trabalharam frequentemente com grupos fraudulentos para compilar listas de consumidores mais propensos a responder às fraudes, como idosos e grupos financeiramente vulneráveis.
O Serviço de Inspeção Postal dos EUA foi a principal agência que investigou o caso. O Ministério Público dos EUA, que processou o caso num tribunal federal, diz que Reger e Lytle sabiam que estavam a vender dados a fraudadores que visavam pessoas idosas e vulneráveis em fraudes. As provas apresentadas na acusação contra eles afirmam que houve pelo menos duas formas de correspondência fraudulenta enviada às vítimas:
- Sorteios: essas correspondências pareciam falsamente ser comunicações formais e personalizadas de uma agência governamental, escritório de advocacia ou outra entidade oficial. A forma, o conteúdo e a estrutura das correspondências enganaram alguns consumidores, fazendo-os acreditar que tinham ganhado uma quantia substancial de dinheiro, geralmente em um sorteio ou outro concurso ou jogo, mas que, para reivindicar os ganhos, os destinatários primeiro tinham que pagar uma taxa, imposto ou outra quantia.
- Astrologia: Essas correspondências levaram falsamente os consumidores a acreditar que haviam sido especialmente selecionados para receber as correspondências porque um astrólogo ou vidente teve uma visão sobre elas e forneceria informações personalizadas sobre elas ou itens supostamente únicos mediante o pagamento de uma taxa.