A agência europeia de polícia, a Europol (equivalente à nossa Polícia Federal), publicou um relatório sobre o aumento acentuado dos ataques de ransomware, que afetam principalmente as empresas. Este tipo de vírus atualmente supera qualquer outro tipo de cibercrime, de acordo com a última avaliação da agência sobre a ameaça do crime organizado na Internet, referente ao primeiro semestre de 2017.
Neste período, os ataques de “ransomware” foram detectados “em uma escala não vista antes”, afetando indiscriminadamente múltiplas indústrias nos setores público e privado.
Neste tipo de ataque, software malicioso infecta o computador e permite que o cibercriminoso bloqueie o dispositivo de um local remoto, criptografando todos os arquivos, para que todas as informações e dados armazenados fiquem sob seu controle. É um seqüestro de informações que exige o pagamento de um resgate, geralmente feito em moeda virtual (Bitcoins, por exemplo).
De acordo com a Europol, é mais fácil gerar receita assim do que com outros tipos de ataques, já que as moedas virtuais facilitam a “lavagem” de dinheiro por não identificarem quem as recebe. Além disso, as vítimas são muitas vezes empresas de faturamento alto, que preferem pagar os valores para recuperar os dados.
Conforme informado pela polícia, alguns relatórios dizem que os ataques de Ransomware subiram 750% em 2016, mas este ano a situação aumentou ainda mais com o ataque do Wannacry, que em 12 de maio afetou grandes empresas ao redor o mundo mundial como FedEx, Telefónica e o Serviço de Saúde do Reino Unido. Acredita-se ter infectado 300 mil vítimas em mais de 150 países.