O governo Trump sinalizou não acreditar que a Rússia represente uma ameaça cibernética à segurança nacional ou à infraestrutura crítica dos EUA, marcando um afastamento radical de consolidadas avaliações anteriores da sua própria inteligência. A mudança na política pode tornar os EUA vulneráveis a ataques de hackers da Rússia, alertaram especialistas, e parece refletir o aquecimento das relações entre Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin.
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Um memorando recente da CISA (Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura) estabeleceu novas prioridades para a agência, que faz parte do Department of Homeland Security e monitora ameaças cibernéticas contra infraestrutura crítica dos EUA. A nova diretiva estabeleceu prioridades que incluíam a China e a proteção de sistemas locais, sem mencionar a Rússia. Analistas da agência foram informados verbalmente de que não deveriam acompanhar ou relatar ameaças russas, embora isso tenha sido anteriormente o foco principal da agência.
Os EUA há muito tempo alertam que a Rússia representa uma ameaça cibernética à infraestrutura dos EUA, inclusive na avaliação anual de ameaças publicada pelas agências de inteligência. Os últimos relatórios declaram que a Rússia representa uma “ameaça cibernética global duradoura”. Moscou, concluiu o relatório, “vê as interrupções cibernéticas como uma alavanca de política externa para moldar as decisões de outros países e continuamente refina e emprega suas capacidades de espionagem, influência e ataque contra uma variedade de alvos”.