Autoridades disseram que ataques foram direcionados ao hardware iraniano visando limitar a capacidade do país de disseminar propaganda

Os Estados Unidos ordenaram um ciberataque aos sistemas de TI iranianos em resposta aos supostos ataques de 14 de setembro, apoiados por Teerã, às instalações petrolíferas da Arábia Saudita. Duas autoridades norte-americanas, que pediram anonimato, disseram à Reuters que ataques foram direcionados ao hardware iraniano em uma operação focada em limitar a capacidade da República Islâmica de disseminar propaganda.
As fontes deram poucos detalhes sobre o ataque, embora pareça ter exigido um esforço muito menor, além de ser menos sofisticado do que o Stuxnet, worm projetado especificamente para atacar o sistema operacional Scada desenvolvido pela Siemens e usado para controlar as centrífugas de enriquecimento de urânio do Irã.
Um ataque de menor monta faz sentido, dada a relutância do presidente Donald Trump em se envolver em um conflito de larga escala com o país. Ele teria cancelado ataques aéreos nas instalações iranianas após a queda de um avião da Marinha dos EUA em junho, por medo de aumentar a tensão.
Os países estão cada vez mais recorrendo a ataques cibernéticos a hardwares críticos, o que tem gerado grande preocupação, inclusive nas empresas. Um estudo da Tripwire publicado no início deste mês revela que 93% dos profissionais de segurança em transporte, manufatura e serviços públicos temem ataques cibernéticos que interrompem operações, com dois terços (66%) alegando que poderia ter consequências catastróficas, como uma explosão.