Comissão do Ciberespaço Solarium diz que ataque cibernético pode causar danos duradouros, maiores do que os de muitos incêndios, inundações e furacões que o país já enfrentou
Os Estados Unidos estão na iminência de sofrer um “ciberataque catastrófico” que pode causar danos duradouros, maiores do que os de muitos incêndios, inundações e furacões que o país já enfrentou, de acordo com uma nova análise da Comissão do Ciberespaço Solarium
O relatório afirma que o país enfrenta várias ameaças de criminosos cibernéticos e estados-nação, tais como roubo de IP, que impede o crescimento no longo prazo; ataques críticos à infraestrutura; crimes cibernéticos e ransomware; espionagem para obtenção de vantagem geopolítica e ataques projetados para minar as instituições e a democracia.
Diante disso, a comissão, formada por um grupo bipartidário financiado pelo governo dos EUA, recomenda que o Congresso aprove uma série de projetos de lei para criar ou reorganizar gabinetes governamentais existentes para melhorar as defesas cibernéticas do país. O documento também propõe um conjunto de outras medidas que, segundo os seus autores, poderão aproximar aliados estrangeiros e parceiros do setor privado do governo dos EUA aos esforços de segurança cibernética.
“A conectividade digital que trouxe crescimento econômico, domínio tecnológico e uma melhor qualidade de vida a quase todos os americanos também criou um dilema estratégico. Quanto mais conexões digitais as pessoas fazem e dados trocam, mais oportunidades os inimigos têm para destruir vidas, interromper a infraestrutura crítica e danificar nossas instituições econômicas e democráticas”, diz o relatório.
“Os EUA agora operam em um cenário cibernético que requer um nível de segurança, resiliência e confiabilidade de dados que nem o governo nem o setor privado estão atualmente equipados para fornecer. Além disso, os déficits de agilidade, conhecimento técnico e unidade de esforço, tanto no governo dos EUA quanto entre os setores público e privado, estão aumentando”, acrescenta o documento
Para enfrentar esses desafios, a comissão defende uma abordagem de “dissuasão cibernética” projetada para “moldar o comportamento, negar benefícios e impor custos aos criminosos cibernéticos”.
O primeiro exige que os EUA trabalhem com aliados para promover um comportamento responsável no ciberespaço; o segundo, que trabalhe com o setor privado para aumentar a segurança; e o terceiro, que mantenha a capacidade de retaliar contra inimigos no ciberespaço.
O relatório listou seis pilares políticos e 75 recomendações para ajudar os EUA a chegar lá. Isso inclui sugestões para a reforma do governo, incluindo: o estabelecimento de comitês de seleção permanente da Câmara e do Senado sobre segurança cibernética, a criação da figura de Diretor Nacional de Cibersegurança, aprovado pelo Senado, e novos poderes para a Agência de Segurança em Segurança e Infraestrutura (CISA).