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EUA estão gerando 34% do tráfego de bots

A Cloudflare publicou seu relatório anual sobre tendências globais da Internet, revelando um crescimento de 17,2% no tráfego global em 2024. O Google manteve-se como o serviço online mais popular, enquanto os Estados Unidos lideraram como principal origem de tráfego de bots, representando 34,6% do volume global, seguidos por Alemanha, Irã, China e Singapura. Amazon Web Services destacou-se como a maior fonte de bots, respondendo por 12,7% do tráfego automatizado.

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O relatório também aponta para o aumento na atividade de bots voltados à inteligência artificial, usados para coleta de dados e treinamento de modelos. Destaques incluem o ClaudeBot da Anthropic, com picos significativos ao longo do ano, e o Bytespider da ByteDance, que reduziu sua atividade após um início intenso. Apesar da crescente atenção ao IPv6, sua participação no tráfego global caiu de 33,75% em 2023 para 28,5% este ano, surpreendendo especialistas.

Outro dado relevante foi a interrupção de 20,7% das conexões TCP antes da troca de dados úteis, associada a ataques DDoS, interrupções de rede e atividades maliciosas, como varreduras. Em termos de tráfego móvel, dispositivos Android dominaram em regiões como África, Ásia e América do Sul, enquanto iOS teve maior presença em países de alta renda, como Estados Unidos e Suécia.

O Google Chrome continuou líder entre os navegadores, com 65,8% de participação, seguido pelo Safari (15,5%). Entre os motores de busca, o Google dominou com 88% das consultas, enquanto o DuckDuckGo obteve 0,9%, destacando o interesse por privacidade. Um dado interessante foi a adoção de criptografia pós-quântica no protocolo TLS 1.3, agora presente em 13% do tráfego, sinalizando preocupação crescente com ameaças futuras de computadores quânticos.

Por fim, o relatório apontou a Espanha como líder em velocidade de download (292,6 Mbps) e upload (192,6 Mbps). Também destacou que 6,5% do tráfego foi bloqueado por ameaças, com aumento de bloqueios em países como EUA e queda na Coreia do Sul. Além disso, mencionou preocupações sobre cortes de Internet motivados por razões políticas, afetando aproximadamente metade da população mundial.