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EUA e UK acusam Rússia de ataque cibernético à Georgia

Nota do Departamento de Estado dos EUA publicada no final da última quinta-feira acusa a Rússia sem meias palavras

Os governos dos EUA e do Reino Unido acusaram a Rússia de lançar um ataque cibernético contra o governo da Geórgia no ano passado. Os ataques foram realizados em 28 de outubro de 2019, e partiram da unidade de inteligência militar GRU da Rússia, de acordo com informações do Departamento de Estado dos EUA e do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido.

Além de repreenderem a Rússia, tanto os EUA quanto o Reino Unido prometeram apoio à Geórgia. Esta é a nota do Departamento de Estado:

“Em 28 de outubro de 2019, o Centro Principal de Tecnologias Especiais da Direção Geral de Estado-Maior da Rússia (GRU), GTsST, também conhecida como Unidade 74455 e Sandworm, realizou um ataque cibernético disruptivo generalizado contra a Geórgia. O incidente, que afetou diretamente a população da Geórgia, interrompeu as operações de milhares de sites do governo da Geórgia e interrompeu a transmissão de pelo menos duas grandes estações de televisão. Essa ação contradiz as tentativas da Rússia de afirmar que é um ator responsável no ciberespaço e demonstra um padrão contínuo de operações cibernéticas russas imprudentes contra vários países. Essas operações visam semear divisão, criar insegurança e minar instituições democráticas.

Os Estados Unidos pedem à Rússia que cesse esse comportamento na Geórgia e em outros lugares. A estabilidade do ciberespaço depende do comportamento responsável das nações. Nós, juntamente com a comunidade internacional, continuaremos nossos esforços para manter uma estrutura internacional de comportamento responsável do Estado no ciberespaço.

Também prometemos nosso apoio à Geórgia e seu pessoal no aprimoramento de sua segurança cibernética e no combate a ciber-atores maliciosos. Ofereceremos capacitação e assistência técnica adicionais para ajudar a fortalecer as instituições públicas da Geórgia e melhorar sua capacidade de se proteger desses tipos de atividades”.

O Sandworm esteve ativo na Ucrânia, atingindo empresas de energia em 2015 e 2016, em ataques que deixaram milhares de pessoas sem energia elétrica. O grupo de hackers também foi vinculado ao NotPetya, um worm que se espalhou globalmente em 2017. O grupo também foi responsabilizaido pelo ataque de 2016 à infraestrutura eleitoral dos EUA e pelo roubo de e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC) e sua distribuição ao WikiLeaks.