[ 138,829 page views, 51,342 usuários - média últimos 90 dias ] - [ 5.782 assinantes na newsletter, taxa de abertura 27% ]

Pesquisar

EUA bloqueiam bens de 12 executivos da Kaspersky

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA anunciou, na sexta-feira dia 21 de Junho, sanções contra 12 executivos da Kaspersky “por operarem no setor de tecnologia da economia da Federação Russa”. As sanções implicam o bloqueio de bens que esses executivos tenham nos EUA. As sanções não incluíram o CEO e cofundador da empresa, Eugene Kaspersky. Na semana passada, o Departamento de Comércio dos EUA proibiu a Kaspersky de vender seus produtos nos Estados Unidos devido à suposta “cooperação da empresa com autoridades militares e de inteligência russas em apoio aos objetivos de inteligência cibernética do governo russo”.

Veja isso
Manifestação da Kaspersky sobre decisão dos EUA
Hacks a agências dos EUA são parte de campanha global de espionagem

O Departamento de Comércio informou que chegou a essa determinação depois de uma investigação ter descoberto que as transações envolvendo os produtos e serviços da Kaspersky Lab, Inc. e da sua família corporativa representam um risco inaceitável para a segurança nacional dos EUA ou para a segurança e proteção de pessoas dos EUA.

Além disso, segundo comunicado do Tesouro, “quaisquer entidades que sejam detidas, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, 50 por cento ou mais por uma ou mais pessoas bloqueadas também são bloqueadas. A menos que autorizado por uma licença geral ou específica (…) os regulamentos do OFAC geralmente proíbem todas as transações realizadas por pessoas dos EUA ou dentro (ou em trânsito) dos Estados Unidos que envolvam quaisquer propriedades ou interesses em propriedades de pessoas designadas ou de outra forma bloqueadas. Estas proibições incluem a realização de qualquer contribuição ou fornecimento de fundos, bens ou serviços por, para ou em benefício de qualquer pessoa bloqueada e o recebimento de qualquer contribuição ou fornecimento de fundos, bens ou serviços de qualquer pessoa”.

Posicionamento da Kaspersky

Sobre esse assunto, a Kaspersky distribui uma nota intitulada “Posicionamento da Kaspersky sobre a inclusão dos líderes da empresa na lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro americano“. Esta é a íntegra da nota:

A Kaspersky está ciente da decisão do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro americano que incluiu membros da liderança da empresa na lista de sanções. A medida atual não afetará a resiliência da organização, uma vez que nem a Kaspersky, nem as suas subsidiárias e nem o seu CEO foram designados pela OFAC.

Consideramos a medida injustificada e infundada, sendo uma continuação das recentes decisões do governo dos EUA baseadas no atual clima geopolítico e em preocupações teóricas, em vez de uma avaliação sobre a integridade dos produtos e serviços da empresa. A Kaspersky e a sua equipe de gestão não possuem nenhum tipo de ligação com qualquer governo e consideramos as alegações citadas pela OFAC como uma especulação, que carece de provas concretas de uma ameaça representada à segurança nacional dos EUA. Nenhum dos membros listados tem relação com as autoridades militares e de inteligência da Rússia ou com os objetivos de inteligência cibernética do governo russo“.

“Por mais de 26 anos, a Kaspersky tem cumprido sua missão de construir um futuro mais seguro, protegendo mais de um bilhão de dispositivos. A Kaspersky fornece produtos e serviços líderes de mercado para clientes ao redor do mundo para protegê-los de todos os tipos de ameaças cibernéticas, demonstrando repetidamente sua independência de qualquer governo. Além disso, a Kaspersky implementou medidas significativas de transparência sem precedentes em comparação com seus pares da indústria de cibersegurança, com o objetivo de demonstrar seu forte comprometimento com a integridade e confiabilidade.”

“A Kaspersky continua comprometida em proteger o mundo de ciberameaças. Estamos ansiosos pelo que o futuro reserva e continuaremos a nos defender contra ações que buscam prejudicar injustamente nossa reputação e interesses comerciais.”