O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ordenou que o Comando Cibernético dos EUA (USCYBERCOM) acelere os preparativos para um grande esforço de modernização conhecido como “Comando Cibernético 2.0”. Em vez dos 180 dias previstos para desenvolver um plano de implementação da reforma, o comando agora dado apenas 45 dias, o que o obriga a entregar o documento final até o dia 22 de março. Essa redução inesperada no cronograma representa um desafio significativo para a liderança do USCYBERCOM, pois exige repensar uma série de processos importantes dentro de um prazo reduzido.
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O plano “Cyber Command 2.0” foi aprovado originalmente no final do ano passado pelo ex-secretário de Defesa Lloyd Austin. No entanto, desde que o novo governo Donald Trump assumiu o poder, as prioridades da política cibernética dos EUA mudaram significativamente. A nova equipe da Casa Branca está pressionando por ações mais decisivas e agressivas no ciberespaço, especialmente após os recentes ataques e operações de espionagem da China.
Segundo fontes familiarizadas com a situação, Hegseth, tendo se familiarizado com o rascunho em 5 de fevereiro, exigiu que o comando não apenas acelerasse o desenvolvimento da reforma, mas também preparasse uma lista de poderes necessários para melhorar a eficácia das operações. Além disso, o Pentágono ordenou a identificação de limitações regulatórias que impedem as forças cibernéticas dos EUA de operar de forma mais rápida e eficaz.
As principais áreas da reforma foram:
- Estabelecer um centro de inovação em guerra cibernética que garantirá uma cooperação estreita entre os militares e empresas privadas de tecnologia.
- Desenvolver um novo centro de excelência para treinamento cibernético para ampliar o treinamento em todo o sistema militar.
- Introdução de um novo modelo para a formação de unidades cibernéticas em vários ramos das forças armadas.
- Desenvolver uma estratégia de gestão de talentos que inclua um sistema unificado de pagamentos, bônus e retenção de funcionários.
Apesar do apoio de alto nível à reforma, alguns especialistas estão preocupados que prazos tão apertados possam complicar o processo de coordenação da modernização entre diferentes ramos das forças armadas.
Uma autoridade disse que o cronograma é muito apertado para que os serviços militares e o Comando Cibernético dos EUA cheguem a um acordo sobre o compartilhamento de recursos. Muito provavelmente, o comando preparará um plano, que será primeiro apresentado ao Pentágono e depois submetido aos militares para aprovação.
Outros especialistas acreditam que os principais desacordos já são conhecidos, e o trabalho de Hegseth é ajudar a resolvê-los. Em caso de questões controversas, ele poderá propor soluções específicas e acelerar o processo de reforma.